A Portuguesa vai voltar a campo no próximo domingo, 03 de julho, contra o Água Santa pela Copa Paulista de 2022. É a estreia da agremiação rubro-verde na competição, mas obviamente é mais do que um jogo inicial. Será o ponto de partida na reestruturação do time em direção a 2023.
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Com a ascensão à primeira divisão do Paulista no ano que vem, a Lusa terá a chance via Copa Paulista de recuperar seu lugar em uma divisão nacional, uma vez que o vencedor da competição regional poderá escolher entre uma vaga na Copa do Brasil ou na Série D do Brasileiro de 23.
Portanto, concentração, foco e dedicação precisarão estar presentes desde o início do certame. E não se engane: a competição parece fácil no seu início, mas na hora do mata-mata a situação sempre fica indigesta.
Na preparação para a Copa Paulista, a Lusa fez algumas contratações. Pontuais, mas fez. E o técnico Sergio Soares vai ter tempo para entender como aproveitar melhor esses jogadores. Primão, por exemplo, é meia de origem, mas pode se encaixar no ataque rubro-verde vez por outra.
Em outras palavras, é àquela história: cobertor curto demanda inteligência na hora de alocar os recursos. E a princípio me parece ser essa a filosofia da gestão da Lusa para essa Copa Paulista. Algo que me parece correto para uma competição, cujo orçamento é baixo e o grau de interesse, apesar de ter aumentado nos últimos anos, ainda é pequeno em comparação a outros campeonatos.
Mas muito embora a Copa Paulista esteja na próxima esquina, o que a Lusa precisa mesmo pensar é sobre o Canindé, o Estádio Dr. Oswaldo Teixeira Duarte. O disse que me disse de que o estádio estaria interditado e blá blá blá guarda um racional por trás. E é esse pensamento que precisa entrar no circuito.
Para ser claro, no Canindé, a Portuguesa é muito forte, independente de sua situação em qualquer competição. Em boa medida, foi graças à sua casa que ela não conheceu outros rebaixamentos vexatórios. Portanto, essa conversa de laudos, de capacidade de estádio, de ser mandante em clássicos e tudo mais, deveria ser olhada com lupa, porque aí reside o enfraquecimento da Lusa em qualquer competição.
Trocando em miúdos, o Estádio Dr. Oswaldo Teixeira Duarte é cláusula pétrea no trajeto de sucesso do clube em suas competições, inclusive no Paulistão da Série A1. Estar na Série D em 2023 passa pela sua casa. Se classificar, por exemplo, para uma fase eliminatória no Paulistão no ano que vem reside no Canindé. E a Portuguesa não deve abrir mão jamais dessa consciência e desse direito.
* Maurício Capela é jornalista há 28 anos. Comentarista, já trabalhou em diversos veículos, como RedeTV!, 105 FM, Tropical FM, Veja, Valor, Gazeta Mercantil.
Bela matéria, que nosso 2023 chegue com vitória nesse domingo, VAI LUSA PÔ!
Muito bem colocado, Maurício. Vamos para a Série D, Lusaaaa!
Voltar a divisão nacional na minha opinião é até mais importante do que voltar a elite do Paulistão
Se Deus quiser nossa ultima Copa Paulista