Maurício Capela: 2025 abre os braços para Portuguesa

Prestes a chegar à decisão da Copa Paulista 2024, e uma vez lá, a Lusa poderá conseguir por suas próprias pernas desembarcar simultaneamente na Série D, no Paulista da A-1 e na Copa do Brasil. Para isso, precisa chegar à final da competição regional e eliminar o Votuporanguense

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Foto: Divulgação/Portuguesa

Um jogo separa a Portuguesa da decisão da Copa Paulista 2024. Pode parecer pouco, pode parecer pequeno no cenário esportivo nacional, mas uma vez lá, vai significar muito à Lusa do Canindé.

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Significa, porque lhe dará uma chance de disputar a Copa do Brasil em 2025 pelas suas próprias pernas. E isso tem lá o seu valor. Até porque a Portuguesa está fora dessa competição nacional desde 2017. Um hiato enorme, que impacta não só na exposição do clube, na sua torcida, mas fundamentalmente nas suas receitas.

Com esse combo aos pés, Paulista da Série A-1, Série D e Copa do Brasil, a Portuguesa vai ter uma chance de ouro em década de voltar a ter projeto consistente no futebol. Em outras palavras, jogadores de maior projeção voltarão a enxergar a Lusa como opção. Empresas vão virar a cabeça, quando passarem na Marginal Tietê, em São Paulo (SP), e até treinadores a colocarão no radar. Será um momento auspicioso.

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Por isso, em minhas colunas, tenho me colocado de maneira mais comedida em relação à Sociedade Anônima do Futebol (SAF) na Lusa. Tenho “quês” no que diz respeito a qualquer movimento a toque de caixa, ainda que o que esteja em marcha não esteja sendo feito de maneira atropelada. Não, longe disso. Mas enxergo valor nas discussões e debates acerca do tema. Só assim a Portuguesa ganha. Na divergência de ideias e de propostas, a única beneficiária será a Lusa e, claro, sua torcida.

Porque no futebol, no críquete, na banca de jornal ou em qualquer ramo da atividade humana, se há mais de uma ideia à mesa, a tendência é que o produto desse diálogo seja a produção de algo melhor. E isso interessa especialmente a uma agremiação que luta pela sobrevivência, como é o caso da Portuguesa.

Muito embora, a Lusa precise de recursos, e de bons recursos, há que se ter calma na empreitada. O clube está na trilha do renascimento e os pontos cruciais da marca “Portuguesa” estão todos lá. Tudo, sabe-se lá como, permaneceu em meio a esse vendaval, a essa catástrofe que se abateu na Lusa. Qual seja? A saber:

Seu privilegiado patrimônio continua lá, às margens da maior via de escoamento de produtos da América Latina. Seu estádio continua sendo seu e de pé. A categoria de base ameaça começar a dar frutos. E ex-jogadores continuam se aproximando do clube. E o principal de tudo isso: a força de sua comunidade e torcida permaneceu. Ninguém pulou fora, como se diz por aí, ninguém soltou a mão de ninguém.

Contudo, em meio a esse movimento feliz, é preciso ser honesto e levantar o braço. Mais. Dar um abraço verdadeiro no treinador Alan Dotti. Trabalhador, estudioso e não se escondeu em meio a esse processo duro, moroso e angustiante de reconstrução. Dotti, boa parte disso tudo, tem as gotas de suor do teu trabalho, especialmente o reerguimento da base.

Outro que merece um abraço, é o ex-zagueiro Eduardo. Partícipe disso tudo. Diretoria, idem, encabeçada por Antonio Carlos Castanheira, mas que contou com a mão de muitos rubro-verdes, mesmo que alguns estejam na oposição. Faz parte. É política. E clube grande é assim: tem política.  

No entanto, cabe a ressalva: a Lusa não chegou ainda. Não ganhou nada. E precisa chegar e ganhar. Mas também precisa ser acarinhada.

Portanto, parabéns, Dotti, Emerson, César e plantel. Falta pouco para que 2025 nos abra um grande sorriso. Falta pouco. E sinto que isso vai acontecer, porque na Lusa, a nossa fé te empurra”. Até a decisão, Portuguesa de Desportos!

* Maurício Capela é jornalista há 28 anos. Comentarista, já trabalhou em diversos veículos, como RedeTV!, 105 FM, Tropical FM, Veja, Valor, Gazeta Mercantil.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do NETLUSA


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