Foto: Dorival Rosa/Portuguesa

Já estava na hora. Na verdade, já tinha passado do razoável. Porque, pelo conjunto da obra, o lugar da Portuguesa nessa Copa Paulista versão 2022 é a ponta do campeonato. E finalmente isso aconteceu após o confronto do último domingo, 24 de julho.

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Mesmo estando em um grupo com camisas importantes para o nível da competição, a Lusa não podia estar distante dessa posição no certame. Até porque é dona de elenco e comissão técnica suficientes para levar o caneco no fim das contas e sacramentar a vaga na Série D em 2023. 

Ainda que o início tenha sido claudicante na Copa Paulista, aparentemente o time treinado por Sérgio Soares insinua recuperar o padrão da A2 deste ano e as principais peças começam a entrar na competição de vez. Um deles, por exemplo, é Daniel Costa. Desnecessário mencionar a qualidade técnica do jogador e seu nível de comprometimento, mas é que vez por outra o jogo não flui. Não anda. E em alguns momentos é até compreensível, faz parte. Só que em outros, alternativas de posicionamento e de elenco também precisam emergir.


Mas ainda que seja normal uma oscilação ali e outra acolá, é preciso também na mesma proporção observar o caminhar na competição. Porque quando um não funciona num jogo, outro precisa assumir a tarefa. E aqui não se trata de individualidade, se trata de responsabilidade com o todo. E esse time tem demonstrado que a tem.

O fato é que o atual elenco da Lusa é experiente, bem articulado, com clara proposta de jogo e a tendência é de consolidação na ponta. Sim, a Lusa precisa se aboletar na primeira posição do grupo. E para isso o compromisso diante do São Caetano será vital. 

Vital, porque o adversário é enjoado. E depois, porque a peleja será fora de casa. Uma vitória fará toda diferença não só na pontuação, mas no fortalecimento do psicológico para o restante da dura caminhada.

Aliás, um parêntesis. Tenho cá a sensação de que a Portuguesa se comporta melhor em jogos longe dos seus domínios do que efetivamente no Canindé nesse início de Copa Paulista. E até por isso, a vitória diante do E.C. São Bernardo foi relevante. Porque afasta insinuações a respeito.

A hora, portanto, é de comunhão. Ainda não é chegado o momento da decisão. Ainda. Mas para se alcançar essa hora, tomar conta da liderança do grupo é importante. Até porque a classificação começa a ser algo visível. Ali, logo depois da curva à direita.

* Maurício Capela é jornalista há 28 anos. Comentarista, já trabalhou em diversos veículos, como RedeTV!, 105 FM, Tropical FM, Veja, Valor, Gazeta Mercantil.

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