Maurício Capela: Por um 2024 rubro-verde

Novo uniforme, gramado e boas contratações sugerem que a Portuguesa poderá sonhar com um ano melhor pela frente, além da tão desejada classificação em direção à Série D

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Foto: Divulgação/Portuguesa

2024 bate à porta. E a Portuguesa insinua entrar no ano novo mais bem posicionada do que esteve em 2023. Piso novo no Estádio do Canindé, nova patrocinadora de material esportivo, treinador recém-chegado e um elenco mais forte compõem uma sucessão de boas notícias. Sim, elenco mais forte, você leu corretamente. Das contratações feitas até aqui, é possível com alguma tranquilidade apontar o dedo e mostrar uma evolução na qualidade do plantel.

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Se vai dar certo, dar errado, só o campeonato nos mostrará rodada após rodada. Mas o time é mais encorpado, sem dúvida.

É bom que seja, porque a meta precisa ser bem clara: divisão nacional em 2025. E se vier já no Paulistão, que para mim é o cenário ideal, a Lusa pode sonhar, inclusive, com retorno à Copa do Brasil, o que seria ótimo.

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“Ah, mas primeiro é necessário fugir do rebaixamento…”. Sim, indiscutível. Contudo, não se deve ignorar que o grupo permite que se sonhe. E bem, uma vez que a realidade dos companheiros de chave também apresenta momentos de alternância. Nesse ponto, o Santos é o mais machucado, após amargar a queda para Série B do Campeonato Brasileiro pela primeira vez em sua história.

Fato. Mas olhemos a tabela da Lusa nesse Paulistão. Numa primeira vista d’olhos não parece coisa do outro mundo. Receber Guarani, Ponte Preta, Água Santa e Red Bull Bragantino em casa trata-se de algo interessante. Ter o mando do clássico diante do Palmeiras também é uma boa. E jogar fora de casa diante de Corinthians e São Paulo não é mau negócio. Explico.

Jogar contra os times de Campinas, em Campinas, é sempre um complicador, portanto, recebê-los é um ponto positivo. Atuar contra o Red Bull, na pré-Libertadores, podendo usar o Canindé como fator casa, é uma boa ideia. E jogar fora de casa contra o Corinthians e São Paulo é arremessar os dados para cima e ver se dá para beliscar algo. Simples assim.

Palmeiras? Convenhamos, complicadíssimo competir. Nem vale gastar linhas sobre o tema, mesmo a Lusa sempre endurecendo partidas diante do Alviverde, até em jogos-treino. Portanto, não vou escrever na linha, deixo nas entrelinhas.

Já enfrentar Botafogo em Ribeirão Preto, até pelo histórico diante da Pantera, também dá para somar uma derrota. Inter de Limeira, trata-se de estreia, pode dar fado. Mirassol e Água Santa são adversários indigestos e a Lusa também os recebe no Canindé. E, por fim, Novorizontino, outra pedreira, fora de casa.

Claro que você pode discordar frontalmente desse colunista, mas que essa tabela sugere bons ventos, sugere. Resta saber se a prática confirma a teoria.

Ah, um ponto. Nesse novo plantel, falta um meia. Meia de ligação, não de cadência. Articulador rápido. No mais, esses novos jogadores, somados a quem já ficou e aos garotos da base rubro-verde, nos apontam para um horizonte bacana no ano que vem. Que assim, seja, lusos. Feliz 2024!

* Maurício Capela é jornalista há 28 anos. Comentarista, já trabalhou em diversos veículos, como RedeTV!, 105 FM, Tropical FM, Veja, Valor, Gazeta Mercantil.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do NETLUSA


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