Foto: Divulgação/Portuguesa

Segundo o dicionário Michaelis, o acaso é um evento, ou conjunto de fatos, imprevisível que não encontra justificativa lógica ou racional. Ainda é classificado como caso fortuito ou acidente. Portanto, podemos concluir que é algo que surge ou acontece a esmo, como o gol da Portuguesa que garantiu o empate em Itu.

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Se analisarmos os 90 minutos da última peleja, mais uma vez pouco incomodamos o adversário. Apesar de ter criado duas situações no 1º tempo e empatado no último lance, fica claro a carência de um setor ofensivo mais qualificado. A maior parte do tempo foi um bate e volta, com os atacantes tendo dificuldades em segurar a bola, facilitando o trabalho dos zagueiros.

A única proposta viável, considerando esse elenco que Cecílio e Mazola construíram, é jogar por uma bola no erro do adversário. Acabou dando certo em Itu. Muito mais pela qualidade dos envolvidos na jogada do gol (Daniel Costa e Paraizo), por uma atuação soberba de Thomazella e a um recuo do time local, do que uma variação tática ou a vontade de ganhar, como alguns balbuciaram e o treinador tentou ‘vender’ na coletiva.


No próximo sábado, a Portuguesa terá seu primeiro desafio contra um time de elite do futebol brasileiro, algo que não acontece desde 2015. O oponente, o Red Bull Bragantino, chega no Canindé turbinado por uma riqueza que dá asas, recheado de jovens talentosos e promissores no elenco (é importante lembrar, que, em 2017, chegou a circular boatos na internet de uma provável parceria entre Portuguesa e a empresa dona do Bragantino. História que não passou de mais um delírio coletivo, dos muitos produzidos por torcedores e diretores nos últimos anos).

Não me recordo da Portuguesa enfrentar um oponente tão superior a nós como esse elenco do Bragantino. Nunca, nem nos clássicos jogados em 2006, 2012 e 2015, nós chegamos tão desqualificados em relação ao adversário. É a primeira vez que vamos para uma partida desse nível, sendo um time sem divisão nacional. Precisaremos evoluir bastante em três dias, para uma atuação aceitável e não depender da sorte ou da soneca do adversário.

É necessário que Mazola reflita com muita autocrítica sobre quais jogadores deverão começar no onze inicial. Devido a limitação do plantel, os remanescentes da A2 e Copa Paulista pedem passagem: Bruno Leonardo, Marzagão, Tauã, Daniel Costa e Paraizo. 

Quanto aos últimos dois citados, é imprescindível a atuação deles. Não podem ficar no banco por 70 minutos, assistindo Lucas Nathan e João Victor desfilarem suas limitações, achando que jogam mais do que realmente podem entregar. Devemos rezar para que Patrick tenha condições e Fabiano milagrosamente retorne. Victor Ramos (100% de aproveitamento nos gols sofridos), Madison e Thallyson são outras peças que afundam ainda mais a qualidade do time.

Mesmo que Mazola faça o feijão com arroz que proponho, ainda será muito pouco, para diminuir a discrepância. Teremos de novamente contar com o nosso maior jogador dos últimos anos: o acaso. O que expõe novamente as sucessivas fragilidades nas montagens de elenco, confiando basicamente nos pitacos de treinadores e executivos que demonstram limitações.

Além de um camisa 9 milagroso, como Bruno Mineiro em 2012, o maior reforço que a Portuguesa deveria buscar é ter gente que entenda de futebol. Futebol parece simples, mas não é. Na mão de leigo acontece de dar certo na sorte, como já houve tantas vezes na nossa história recente. No cenário nacional, com uma enxurrada de dirigentes soberbos e executivos péssimos. Fazer o básico já impulsionará a Portuguesa na retomada tão almejada.

* Tiago Cabral, 33 anos, privilegiado por ter visto a última era de ouro da Portuguesa. Súdito de Capitão, cover fracassado de Clemer e o maior anticandinho do Pari. Corneteiro profissional com análises totalmente ácidas quando se trata da Lusa.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do NETLUSA

8 comentários

  1. Não acho que seja acaso. Futebol é assim, faz gol recua e toma sufoco. A portuguesa não achou o gol, construiu. O Ituano por sua vez, mostrou tb que é um time limitado. Penso apenas, que o Mazolla pode melhorar essa escalação!!! Marzagão no banco(absurdo)????? Contra o Bragantino só não pode faltar raça, vontade e acreditar na vitória.

  2. Seu texto confirma o que tenho dito a amigos.
    O treinador precisa pensar mais na Portuguesa do que nos jogadores que trouxe.
    Thomazella tem que ser o titular, embora respeite o histórico do Fernando Henrique.
    Vitor Ramos está mal. Bruno Leonardo merece ser o titular.
    Madison está mal. Marzagão merece ser o titular.
    Tauã cabe nesse time.
    Lucas Natham tem potencial mas está perdido no time. Daniel Costa deve começar jogando,
    quando cansar, entrar o Lucas.
    Richard tem mostrado jogo e vontade, mas está sozinho no ataque.
    Bochecha também merece ser titular.
    A Portuguesa não precisa ir atrás de um “matador”.
    Ele já está na Portuguesa e se chama Paraízo.

  3. Hoje você nis faz refletir sobre
    “O acaso salvará até quando?”
    Não faz muito tempo a mentalidade era “Se cair, eu trago de volta”
    As vezes aqui perco a linha, e respondo de forma grosseira para certas pessoas
    Mas não me conformo vendo a Portuguesa morrer um pouco todo dia e gente defender quem nos mata

    Parabéns pelo texto
    Texto de quem torce verdadeiramente pra Portuguesa

  4. Temos um jogador com a cara do time ( marzagao) um melhor jogador da A2 ( Daniel Costa) é um matador promissor(Paraizzo)
    Já contratamos e pagamos caríssimos por jogadores com estas características citadas….é só buscar nós retrospectos….

  5. Seu texto carece de lógica pela sua própria definição perfeita de “Acaso”.
    O Gol da Lusa nada tem a ver com o acaso, pois foi consequência exatamente do oposto ao “Acaso”, foi consequência de um OBJETIVO “a busca do Gol”, NÃO FOI UM ACIDENTE, consequentemente não é um evento fortuito.
    Se fosse o contrário e tivéssemos tomado o gol no último minuto, com sempre acontece seria um “Deus nos Acuda”, mas quando é a nosso a favor sempre há uma diminuição de valores, neste caso “Acaso”.
    Com relação ao ao restante do texto concordo totalmente contigo, o time é fraco, mas é o que temos!
    Na minha opinião não somos piores que “alguns” times da A1, porém temos que melhorar muito para nos mantermos na A!.
    Energia positiva. Unidos seremos muito mais fortes!
    SOMOS LUSA PÔ!!!!

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