Foto: Divulgação/Portuguesa

Depois da batalha contra o Guarani, a Portuguesa, finalmente, terá uma semana de paz. Isso é um feito raro nos últimos 10 anos. Algo conquistado graças ao suor, a luta e a entrega do time. O técnico Pintado, principal responsável por essa mudança de chave, trouxe uma nova mentalidade para o plantel. Abandonamos aquele modorrento futebol passivo-agressivo, de excessivos e enfadonhos toques de bola, de uma defesa completamente exposta e de um time sem qualquer luta, para abraçar um jogo direto, intenso e de entrega.

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O que assistimos no último domingo foi uma aula de um elenco com claras limitações, mas que não se entrega. Está nítido que não importam as circunstâncias, sempre haverá muita luta até o apito final. O treinador está encontrando soluções e alternativas caseiras para manter essa ‘pegada’, mesclando jogadores que estavam no fundo do banco com a molecada da base.

Nesse novo cenário, alguns jogadores como Tauã e Robson (esquecidos pela antiga comissão), novamente, surgem como opções interessantes na luta contra o rebaixamento. É digno de destaque que alguns dos reforços também cresceram de produção nesse novo esquema, casos de Giovanni Augusto e Borel. Mesmo com essa mudança de postura, a Portuguesa ainda está longe de ser um time coeso.


A semana ‘tranquila’ será fundamental para que possamos corrigir algumas questões importantes, começando pelos problemas ofensivos: a equipe não marca um gol com bola rolando desde a estreia. É um dos times que mais chuta no gol e que mais cria chances, mas é, ainda, muito depende da bola parada. Para não passar tanto sufoco, é necessário que as oportunidades criadas sejam convertidas. É um trabalho de posicionamento e mentalidade, para jogar longe o nervosismo que parece afetar os comandantes de ataque.

Outra questão importante é a parte defensiva. Mesmo com a ligeira melhora, o último jogo foi apenas o primeiro que a nossa defesa não foi vazada. Com a chegada do Pintado, tornamo-nos uma equipe melhor posicionada, mas que ainda não desarma e intercepta os adversários no volume ideal. Se comparado com outras equipes, estamos entre as piores nesses quesitos.

A última questão é a recuperação dos jogadores machucados. A grande expectativa é a volta de Victor Andrade e Chrigor. A dupla tem feito falta. São os nossos destaques ofensivos pela versatilidade que trazem ao jogo, pela capacidade do drible e velocidade. A disponibilidade de ambos dá mais opções para o 11 inicial. Não podemos esquecer-nos de Borel, que, pelo segundo jogo, saiu lesionado.

Para domingo a nossa mentalidade precisará ser a mesma. O jogo contra o Botafogo será a nossa segunda grande batalha na ‘guerra’ pela permanência no Paulistão. Uma vitória em Ribeirão, afunda os rivais diretos e coloca-nos em boas condições para escapar do Z2. Torço para que Pintado consiga implementar os ajustes necessários, que Victor Andrade e Chrigor se recuperem e que o elenco mantenha a intensidade, a entrega e a luta dos últimos jogos.

* Tiago Cabral, 33 anos, privilegiado por ter visto a última era de ouro da Portuguesa. Súdito de Capitão, cover fracassado de Clemer e o maior anticandinho do Pari. Corneteiro profissional com análises totalmente ácidas quando se trata da Lusa.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do NETLUSA

12 comentários

    • Cara, para com esse papo! Já sabemos disso há duas décadas, desde o primeiro rebaixamento, as dívidas, os leilões, o estranho caso Héverton, a feirinha, a Copa Paulista etc. CHEGA!!! O que tem que ser dito, todo dia, aqui e acolá, e que temos que ir ao estádio faça chuva ou faça sol e empurrar o time qualquer que seja ele para construir outra história.

  1. É vencer ………ou ganhar !!!! São só duas opções a escolher ! Mesmo que com um gol de pênalti de Henrique Dourado , o mestre dos pênaltis ! Já colocaram goleiro só pra pegar pênalti em Copa do Mundo ! Coloca ele só pra fazer o gol de pênalti, se houver !!!! Três pontos é o que deve valer agora !!! Como contra o Bugre !

  2. Vou repetir o que respondi acima: vamos parar com esse papo de que decaímos, que tristeza o ponto que chegamos etc.! Já sabemos disso há duas décadas, desde o primeiro rebaixamento, as dívidas, os leilões, o estranho caso Héverton, a feirinha da madrugada, as piscinas, a Copa Paulista etc. Isso não ajuda em nada, exceto criar um sentimento de penúria. CHEGA!!! O que tem que ser dito, todo dia, aqui e acolá, e que temos que ir ao estádio faça chuva ou faça sol e empurrar (e criticar quando necessário) o time qualquer que seja ele, qualquer que seja a sua qualidade para construir outra história.

  3. Olha o nome dos times disputando a copa do Brasil, a série C, a série D e vê que nunca vai dar prá parar com esse “papo”, ter bom senso é uma coisa, ” ter sangue de barata é outra”. Concordo em ir ao campo, torcer, xingar, etc. Agora esse vexame não dá prá esquecer.

  4. O problema da portuguesa e que 90%da sua torcida e torcedor de vitoria ou de televisão não comparece no estádio para fortalecer.torcida de outros times na derrota e que comparecem em peso dando o apoio para que o time saia da pior pra melhor .mas domingo 1×0 já tá bom depois 3empates são 13 pontos livre do rebaixamento.

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