Foto: Ronaldo Barreto/NETLUSA

A primeira fase do Campeonato Paulista da Série A2 chegou ao fim. E a Portuguesa confirmou seu favoritismo. Ratificou a condição de líder da competição com autoridade e agora vai encarar o Primavera nas quartas de final.

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É claro que o torcedor da Lusa espera a classificação. Claro. Mas é preciso ter consciência que, de fato, se inicia uma nova etapa. O mata-mata, quer queira, quer não, é um outro campeonato. Um jogo ruim, mal concentrado, dispersivo pode significar o fim do acesso. 

O Primavera, por sua vez, pode assumir tranquilamente o papel de franco-atirador, sem demérito algum. O time se classificou em oitavo lugar, ou seja, na última vaga. E na primeira fase venceu cinco vezes, tomando 15 gols e fazendo outros 15 gols. 


O ataque parece ser mais consistente que a defesa. Tem algumas figurinhas carimbadas do cenário esportivo nacional, como os atacantes Rafael Marques e Alecsandro. Sim, isso mesmo. Rafael Marques de Palmeiras e Alecsandro de Vasco, entre outros clubes. Ou seja, todo cuidado é pouco. 

O fato é que os números da Portuguesa são muitos bons no torneio. É o time que menos tomou gols no certame, seis reveses. É o melhor ataque, com 22 gols. Além de ter sido a equipe com mais vitórias, nove triunfos, e ter perdido uma única vez. 

Mas a consistência do time rubro-verde não se limita apenas ao desempenho matemático. Vai além. Thomazella, no gol, empresta firmeza a uma dupla de zaga interessante, formada pelo jovem Patrick e pelo experiente Luizão Barba. O meio, com Marzagão, na cabeça de área qualifica a marcação, o que possibilita a Daniel Costa ser, de fato, o que se espera dele nesse time: o maestro. 

O ataque, por sua vez, parece ser o setor em que o técnico Sérgio Soares tem mais dúvidas. Caio Mancha, Gustavo França, Cesinha, entre outros, se alternam bastante na condição de titularidade. Falta ali alguém conseguir assumir a referência à frente. E nada melhor que jogos decisivos para fazer emergir essa figura no elenco de qualquer equipe em qualquer disputa. 

Trocando em miúdos, a espinha dorsal da Lusa funciona em alto nível, mas falta o ponto final da definição. E é aí que a coisa pode travar. 

É justamente nesse momento que o treinador passa a ser um diferencial, porque uma vez mapeado, a mudança se impõe e se acertar vira bestial, mas se errar vira uma  besta, já diria o saudoso Otto Glória, enquanto técnico dessa mesma Portuguesa de Desportos na década de 70 do século passado. Ou seja, com a palavra, o atual comandante da nau rubro-verde, Sérgio Soares.

* Maurício Capela é jornalista há 28 anos. Comentarista, já trabalhou em diversos veículos, como RedeTV!, 105 FM, Tropical FM, Veja, Valor, Gazeta Mercantil.

3 comentários

  1. Um adendo, se me permite, ao texto de Maurício Capela, Tauã tanmém assume um papel protagonista nesse time luso. Guerreiro, batalhador, tem sido incansável e, junto com Marzagão, dá o tom da força de marcação ao nosso meio campo. Merece um registro!

  2. Tenho mais fé fora de casa do que no Canindé !!! Acredito que faremos uma bela partida em Indaiatuba e um modesto empate em casa !! O que nos garante pra próxima fase !!!

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