Foto: Divulgação/Portuguesa

Futebol sem calendário é como um garoto que é dono da bola e não tem amigos para jogar. Essa é a realidade da Portuguesa nos dias de hoje. Sem futebol há mais de 90 dias, a torcida rubro-verde olha para um lado, olha para o outro e se pergunta, até quando? A vida tem sido dura para a Lusa, sem dúvida, mas esse é o preço que se paga por um time que não ostenta competições nacionais nesse momento.

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Em meio a essa confusão, o técnico rubro-verde Leandro Zago segue fazendo seu trabalho. E tenho cá a sensação que vai precisar quebrar ainda muito a cabeça para chegar ao time ideal.

Até o momento foram dois jogos-treino, uma vitória contra o Hortolândia por 3 a 1 e uma derrota para o Comercial de Ribeirão Preto por 2 a 1. Como os amistosos não foram abertos à imprensa e apenas a escalação do último jogo foi divulgada três dias depois do mesmo, tem sido difícil para qualquer um analisar essa Lusa. Até porque o clube fez 11 contratações: atacantes, meias, zagueiros e laterais. Atletas com alguma versatilidade, ou seja, que atuam em mais de uma posição dentro de campo, e especialistas numa única função. Enfim, houve de tudo.


O importante nessa história toda é que pelo menos, desta vez, a Lusa não vai sair do zero. A espinha dorsal, herdada de um trabalho de um ano e meio está aí. Thomazella no gol, Patrick um dos zagueiros, Marzagão como volante e Paraizo no ataque. Dos cinco pontos de uma espinha dorsal, apenas a meia não está nesse trabalho de 18 meses. Mas isso é plenamente compreensível.

O duro é que não dá para arriscar um time titular, como também não dá para divagar sobre esquemas táticos, uma vez que tudo está sendo feito sem a possibilidade de a imprensa dar uma olhada mais de perto. Dito isso. Até acredito que Eduardo Diniz será titular pelo lado-esquerdo, na lateral. Até imagino que o meia Luiz Felipe ganhe alguma condição em começar como titular na competição. Mas paro por aqui. Avançar seria uma bela de uma especulação e só.

O que quero dizer é que até entendo o ponto de Zago. Ele será bastante cobrado nessa competição e precisa testar tudo e todos. Então, vale o fechamento de treinos e jogos amistosos também, quando se olha pela perspectiva do treinador. Só que essa prática não pode passar do ponto. E acredito que começa a passar…

Agora, em que pese a ponderação acima, o fato é que essa derrota para o Comercial me fez levantar a sobrancelha. Porque o time de Ribeirão Preto estará na Copa Paulista em 23 e o seu grupo é considerado duro. Além da equipe ribeirão-pretana, compõem a chave Noroeste, São Bento, Grêmio Prudente, Marília e Mirassol. Vale lembrar que a Lusa está com São Caetano, Santo André, Portuguesa Santista, São Bernardo e São José.

Trocando em miúdos, distante 20 dias da estreia está na hora de começarmos a ter acesso ao que o treinador considera como titular e também ao que imagina como esquema de jogo. Em suma, o tempo de fechar as portas já passou, é hora de abrir o centro de treinamento. Tenho certeza que será um ganha-ganha a todos. A todos.

* Maurício Capela é jornalista há 28 anos. Comentarista, já trabalhou em diversos veículos, como RedeTV!, 105 FM, Tropical FM, Veja, Valor, Gazeta Mercantil.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do NETLUSA

2 comentários

  1. parabens pelo comentario.
    e parar de falar.
    mostrar o que esta fazendo.
    e aproximar torcida.

    jogos amistosos a R$ 5,00 domingo 17:00 horas caninde.
    um time de expressao fazia jogos a R$ 2,00. OFICIAIS.

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