Opinião: a Lusa e o colecionador de fracassos

Sob a gestão de Alexandre Barros, a Portuguesa deixou uma Série D e hoje corre sérios riscos de rebaixamento à Série A3

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Foto: Rodrigo Corsi/FPF

Hoje, 10 de fevereiro de 2019, a Portuguesa escreveu mais um capítulo vexatório na sua história. A Lusa foi goleada pelo Juventus por 4 a 1, na Javari, e segue sem vencer na Série A2. Pior, o time está próximo da zona de rebaixamento.

O resultado elástico escancara a crise interna vivida por um clube sem gestão e profissionalismo. Quando assumiu a presidência, em dezembro de 2016, o repórter Alexandre Barros gritou aos quatro cantos que faria diferente dos últimos mandatários tão criticados por ele em sua rádio. Barros queria entrar para a história. E entrou!

O pior presidente da história da Portuguesa conseguiu exterminar o clube de futebol ao ser eliminado precocemente da Série D de 2017 e deixar a Lusa sem divisão nacional. Prometeu que iria longe na Copa do Brasil, mas esqueceu-se que o clube não participaria da competição tão cedo.

Nos dois primeiros anos de gestão, Alexandre viu a Lusa escapar do rebaixamento na Série A2 por incompetência dos adversários. Este ano, no entanto, o roteiro é de cinema. E Barros tem tudo para ganhar o Troféu Framboesa de Ouro – uma espécie de paródia do Oscar para premiar os piores do ano.

Sob a gestão de Barros, a Portuguesa conseguiu formar um dos piores times da sua história, com folha salarial, pasmem, de R$ 350 mil mensais. “Tão fazendo errado, tão contratando errado, tão trazendo cara que não serve”, disse o atual presidente da Lusa, em 2014, ao criticar os dirigentes da época (áudio abaixo).

Mesmo com inúmeros vexames, Barros não dá o braço a torcer. Em meio à sua arrogância e prepotência, o dirigente ainda diz entender de futebol. Após cada partida, o mandatário entra no vestiário da equipe e deixa os jogadores visivelmente constrangidos. Em certos momentos, chega a palpitar sobre lances. “Você não deveria ter avançado pela direita. Devia ter cortado pra esquerda”, disse Alexandre a um atleta após o empate entre Lusa e Taboão da Serra, pela Copa Paulista do último ano.

Mas Alexandre Barros, o colecionador de fracassos, não parece satisfeito. Ele quer mais! E ele pode conquistar mais um feito para o seu currículo: o rebaixamento à Série A3. E não foi por falta de aviso, presidente. Já dizia o profeta Mirandinha, ou Mirandamus, há um ano: vai ter vexame. E está tendo!


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