Foram 7 gols, 16 assistências, 1 título e 1 acesso – com direito a prêmio de melhor jogador da Série A-2. Tudo isso, em 45 jogos. Se botar na ponta do lápis, a cada dois jogos, tinha um gol da Lusa com participação direta do Daniel Costa.
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Um camisa 10 clássico, daqueles que estão em extinção num futebol que tem se tornado cada dia mais físico. Falando em físico, foi justamente este aspecto que fez com que Daniel não tivesse uma sequência maior no Paulistão. E que fique claro, isso não tem relação com falta de vontade ou condicionamento físico, mas sim com a característica do jogador.
Para exemplificar, ao contrário de Marzagão ou Tauã, Daniel Costa não é o tipo de jogador que vai correr em alta intensidade o jogo inteiro. Mas ele faz a bola correr. E isso faz muito bem.
Tem uma visão de jogo diferenciada e, com um só toque, pode clarear a jogada ou deixar os companheiros na cara do gol, como fez várias vezes com a camisa da Lusa.
E olha só, este não é um texto para defender a permanência ou não do jogador. Vejo que existem bons argumentos para essas duas posições. Isso sem contar o lado financeiro, que pode ter pesado. Não é segredo para ninguém que o investimento para a Copa Paulista não será – e não tem como ser – o mesmo do Paulistão.
Então, fica aqui o agradecimento ao jogador, que teve o seu papel de importância em todas as competições que disputou. E, pelo menos para mim, Daniel Costa está mais do que perdoado por aqueles três gols que fez em Piracicaba, no fatídico jogo do drone.
* Gabriel Fernandes, ou GabiLusa, como apelidou o Professor Antônio Quintal, tem 26 anos e nasceu no ano do vice-campeonato brasileiro, em 96. É jornalista formado pelo Mackenzie e apaixonado por futebol e pela Portuguesa. Agora também tem um cantinho aqui no NETLUSA para dar uns pitacos e conversar com a torcida que ele aprendeu a amar desde muito cedo.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do NETLUSA