O futebol, na maioria das vezes, é um palco onde os holofotes se concentram nos jogadores mais técnicos, aqueles que, por vezes, nem participam tanto do jogo, mas têm o maior número de gols e assistências. Definitivamente, não é o caso do Marzagão.
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Marzagão é daqueles volantes combativos, com muita entrega e disposição. Disposição essa que diversas vezes contagiou a torcida e companheiros de time, principalmente nos momentos difíceis. Um jogador que entendeu muito bem a grandeza que é jogar na Associação Portuguesa de Desportos.
Falando nisso, completar 70 jogos na Lusa atualmente é um feito e tanto. Enquanto alguns times fazem essa quantidade de jogos por ano, a Portuguesa, que não tem calendário nacional, joga muito menos. Ou seja, 70 jogos aqui representam três anos de titularidade e regularidade.
E não foi só isso. Essa regularidade foi premiada com um acesso e um título de Série A-2, em que o volante foi um dos protagonistas do time e figurou na seleção do campeonato. Foi com essa conquista, aliás, que ele conseguiu cumprir uma promessa feita às filhas: levá-las ao museu da Portuguesa para conferir uma foto do papai, junto com um troféu de campeão.
Pode parecer simples, mas atitudes como essa farão muita falta. A simplicidade do Marzagão, dentro e fora de campo, preenche um vazio enorme que o futebol atual tem deixado. Sua entrega e dedicação estão intrinsecamente ligadas à paixão que sentimos por esse clube. Por tudo isso, só posso deixar aqui meu muito obrigado. Obrigado por ter dedicado alguns dos melhores anos de sua carreira a Portuguesa. E por ter feito isso de uma maneira tão bonita.
* Gabriel Fernandes, ou GabiLusa, como apelidou o Professor Antônio Quintal, tem 26 anos e nasceu no ano do vice-campeonato brasileiro, em 96. É jornalista formado pelo Mackenzie e apaixonado por futebol e pela Portuguesa. Agora também tem um cantinho aqui no NETLUSA para dar uns pitacos e conversar com a torcida que ele aprendeu a amar desde muito cedo.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do NETLUSA