Foto: Ronaldo Barreto/NETLUSA

Thomazella escolheu ser Thomazella. Poderia ter optado por Carlos, seu prenome, que logo jornalistas mais experientes lembrariam de outros tantos que atuaram na posição e que tinham o mesmo nome, como Carlos Gallo e Carlos Germano. Mas o dono da camisa 1 da Lusa escolheu lá atrás o sobrenome como “nome de guerra” nos gramados. Deu certo. Melhor… Vem dando certo.

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Titular dessa posição na Lusa em 2022, ninguém no Canindé questiona essa condição. Seguro, calmo, atento, Thomazella pode se transformar em um símbolo dessa campanha rubro-verde na A-2. Um símbolo de superação. Um adjetivo, aliás, que o torcedor da Portuguesa conhece tão bem. Afinal de contas, hoje, a Portuguesa em si é um ícone de superação no futebol brasileiro.

Superação essa que ganha novas cores nesse ano. Não só pela esfera de negócios, uma vez que a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) parece ser uma realidade em marcha pelos lados do Canindé, mas principalmente pela necessidade em voltar à elite do futebol paulista. E Thomazella parece encarnar esse momento.


Encarna, porque ao falar abertamente sobre a situação de seu filho, Gustavo, tira as luvas de jogador de futebol e vira um cidadão comum, o que, de fato, o é, claro. Até porque se idealiza um tanto os atletas de maneira geral, quando na verdade são gente como a gente. E Thomazella ao revelar a luta de seu pequeno contra o câncer se iguala a qualquer pessoa que já tenha enfrentado essa enfermidade ou mesmo tenha se deparado com ela. Digamos que a entrevista pode ser equiparada a uma grande defesa.

Em outras palavras, Thomazella, que já tem boa estatura, 1,91 cm, se torna maior do que já é fisicamente. Vira referência, une a torcida em torno de seu problema e passa a contar com boas vibrações. Falar nessas horas, dizem os especialistas, costuma ser de grande auxílio. E ele falou. Falou de maneira consciente e equilibrada.

Thomazella, saiba que do nosso lado voltar à elite do futebol paulista somente vai fazer sentido se o pequeno Gustavo chutar para escanteio esse momento. E ele vai chutar! 

Não precisa ser para escanteio, goleiro, pode ser para fora do Estádio do Canindé mesmo, que essa bola ninguém vai buscar. Ninguém vai correr atrás. Pelo contrário. Ficaremos todos aliviados que o seu garoto pegou à queima roupa, colocou a bola embaixo do braço e dei um “bicão” para fora do estádio. Força, Thomazella, força, porque estamos com você. E quando se sentir à vontade para falar sobre o tema, o faça, porque o Canindé o ouvirá!

*Maurício Capela é jornalista há 28 anos. Comentarista, já trabalhou em diversos veículos, como RedeTV!, 105 FM, Tropical FM, Veja, Valor, Gazeta Mercantil. 

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