Ameaça de agressão fez Jorge Manuel Gonçalves renunciar

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Foto: Globo Esporte

O presidente Jorge Manuel Gonçalves surpreendeu a todos ao renunciar ao cargo na última quarta-feira. Em entrevista ao Globoesporte.com, ele explicou que tomou a decisão após ser ameaçado de agressão. Durante a derrota para o Rio Branco por 2 a 0, no último domingo, o ex-dirigente foi informado pelo segurança que corria o risco de ser agredido.

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“Foi meu limite pessoal. Não tenho paciência para lidar com essas situações. Eu não poderia ir a um estádio com o meu filho. Melhorei o clube para ele torcer e vou ser agredido? Pensei que saí de casa não para arrumar inimigos, mas para me divertir. Se eles quiserem me agredir, eu saio. Não tenho mais condições de olhar para a cara do meu filho e dizer que não vou levá-lo mais ao Canindé”, disse.

Após o revés para o clube de americana, o vice-presidente de futebol, Antonio Ribeiro, renunciou ao cargo, assim como os seus três diretores. O fato fez o ex-mandatário rubro-verde pensar.

“Quando meus amigos falaram que estavam indo embora, eu pensei que era minha hora também. Tinha muita dificuldade para fazer o clube andar, por faltas de pessoas que ajudavam. Contratamos assessoria, terceirizamos algumas áreas… Tudo foi questionado. O clube tem de pensar grande, buscar recursos para capitalização. Ou então, vamos continuar reclamando da Lei Pelé, erro de árbitro. A Portuguesa deve parar de procurar culpados”, afirmou.

Agora, longe da presidência da Lusa e apenas como torcedor, Jorge Manuel Gonçalves não tem dúvidas: o clube precisa se profissionalizar. E ele explica o motivo.

“Tem que profissionalizar a Portuguesa. Tem que qualificar quem está lá. Colocar mais gente com mentalidade nova para o clube andar, para trazer investidores. As pessoas acham que devemos trabalhar de graça. Questionaram até porque um advogado que é torcedor estava cobrando para tocar um número enorme de processos. É uma mentalidade muito arcaica. Tem pessoas que se acham donas da Lusa. Quanto pior o clube estiver, melhor para elas, que ficam se dizendo generosas, boas… “, concluiu.


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