Foto: Ronaldo Barreto/Ag. Paulistão

Noutro dia, escrevi aqui que a esperança é como água que cai em terra fértil. Basta uma gota e um jardim floresce. Assim, e principalmente, é no futebol. Nos agarramos em dados, coincidências, pontos somados em jogos improváveis.

+ Treinador fala sobre mentalidade implementada na Portuguesa

O empate no clássico com o Corinthians é um desses jogos. Lendo e ouvindo tudo o que foi dito pelos torcedores, havia um mar de desânimo. “Outra vergonha”; “Uma goleada, na certa!” Admito que eu estava entre os pessimistas. E não esperava nada mais que uma derrota honrosa, pois sim, há honra até, e sobretudo, nos revezes.

O empate, ao cabo, pode e deve ser festejado por tudo o que antecedeu a partida: a necessidade de fazer caixa a curto prazo, a montagem desastrada e desastrosa do elenco, as quatro derrotas seguidas, três das quais em confrontos diretos com quem tem pouco ou nada mais que a luta pela permanência.


É a tal esperança que gotejou com a entrega em campo, não só pelo ponto, como pela disposição apresentada.

O próximo jogo é daqueles em que a derrota é proibida para os dois lados. Até um empate pode significar o abraço da morte. Só que será um jogo com características diferentes das apresentadas pelo duelo no Mané Garrincha.

Não dá para ficar esperando.

A evolução da equipe depois da substituição do treinador é nítida, mas as condições atuais não permitem que haja uma melhora gradativa.

Precisamos da vitória sobre a Ferroviária, seja como for. E para quem ganhou somente uma partida em oito, vencer duas em quatro não é tão simples, e talvez nem dê, mas é o que temos e é o que tentaremos fazer.

Só assim ainda haverá com o que esperançar daqui até o fim do certame, quando será preciso identificar os erros, entender o que foi feito e corrigir a rota para não termos que ficar outras e outras e outras vezes repetindo discurso do amor incondicional.

Todos sabemos disso. O que não sabemos é o que restará do clube se vier mais um rebaixamento.

Aí, malta, não haverá SAF que dará jeito. Não em curto prazo.

* Marcos Teixeira, 45, é jornalista, lusitano e colunista do site Ludopédio.org

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do NETLUSA

7 comentários

  1. 2 mudanças fundamentais , saída do domador de tartarugas da zaga e dedicação coletiva, mas será que ainda dá tempo ??? = e nosso ataque ???? só tem o Paraizo e mais ninguem, a manutenção do Caio e do França teria ajudado né ???

  2. TC, como conseguiu fazer tanta merda na montagem do elenco, espero com a última gota de esperança que ainda dá pra sair dessa, tem que vencer as duas próximas e torcer contra todos com risco de rebaixamento, esse era pra ser o ano, o ano da virada na história da lusa, mais as amizades falam mais alto não é mesmo senhor castanheira, fez isso com marchiori agora com TC, ele tinha que ter saído junto com o Sérgio Soares, espero que se a lusa conseguir escapar do rebaixamento ele não venha com papinho de dever cumprido e queira passar a mão na cabeça do seu amiguinho TC

  3. Concordo plenamente em tudo que foi dito e sei que nada justifica nossos erros em campo, porém, vi e revi os lances dos pênaltis contra Guarani e Água Santa, fomos guardados em ambos, nenhum dos 2 juízes se quer chamaram o VAR, hj poderíamos no mínimo estar com 7 pontos, o que significa um desespero bem menor !

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