O volte-face no acordo que a Portuguesa tinha na Justiça do Trabalho é a pior notícia em anos para o clube. Conforme noticiado pelo jornalista Luiz Nascimento, do Paixão Lusa, e cujos desdobramentos foram trazidos aqui no NETLUSA, trata-se de uma medida que pode inviabilizar a existência da Lusa a curto prazo.
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Sem a verba de patrocínio, cotas de participação no Campeonato Paulista e outras receitas que garantiam o pagamento em dia do acordo que havia sido celebrado e que foi suspenso, não haverá sequer garantia de que o clube funcionará.
A boa notícia, se é que há alguma, é que cabe recurso. A má, ao menos uma delas, é que ficará mais complicado de trazer novas fontes de receita, como uma bola de neve nefasta em que a pior notícia é sempre a próxima.
Pelo que Luiz Nascimento disse, no ritmo em que os pagamentos eram realizados (foram cerca de R$ 11 milhões pagos nos três anos de vigência do acordo), o prazo de seis anos para o pagamento de todos os processos incluídos dificilmente seria cumprido. Mesmo porque não ocorreu o crescimento de receitas que faria com que o valor da parcela (30% das receitas ou o mínimo de R$ 250 mil) também aumentasse e o processo fosse acelerado.
Haverá saída? A SAF será a tábua de salvação? Em que condições a Portuguesa fechará a venda do futebol para investidores se realmente houver esse aumento da divida a curto prazo?
Não é o equilíbrio das contas que está em jogo, é a existência da Portuguesa que está em risco.
* Marcos Teixeira, 45, é jornalista, lusitano e colunista do site Ludopédio.org
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do NETLUSA