Marcos Teixeira: Destaques do frustrante adeus de Portugal na Euro

O melhor jogo foi o último e há ótimos indicadores para o futuro, mas é preciso ter coragem

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Foto: Divulgação/Federação Portuguesa de Futebol

Diogo Costa: nem se voasse pegaria as cobranças francesas. Milagres não são feitos todos os dias;

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João Cancelo: se a Eurocopa serviu para algo, foi para recuperar o futebol de quem sequer sabe onde jogará na próxima temporada (Nelson Semedo: outro a recuperar a dignidade na relva alemã. Se quiseres, a lateral de um certo time vermelho da Segunda Circular estará à sua espera);

Rúben Dias: o bloqueio ao chute do Kolo Muani teria sido aplaudido por Dibu Martinez;

Pepe: vai voltar para Portugal com a mala carregada de atacantes de 10 a 20 anos mais jovens e incapazes de superá-lo. Um monumento de jogador;

Nuno Mendes: a bola do jogo calhou-lhe ao pé errado. Melhor a cada jogo. 2026 estará à porta;

João Palhinha: olhem o mapa mundi e reparem: a superfície é coberta por 60 e tal por cento de água. O resto é coberto pelo João Palhinha (Rúben Neves: era bonito seus passes teleguiados serem vistos mais vezes na Alemanha);

Vitinha: o único azar é pisar os mesmos lugares de Bruno Fernandes (Matheus Nunes: perdeste suas férias para isso?);

Bruno Fernandes: poderia ter baixado mais vezes para organizar o jogo desde trás, onde há mais espaços. Nas duas vezes em que conseguiu, Portugal quase marcou. E ter saído é uma das tolices que ficaram na conta do mister (Francisco Conceição: seu pai certamente ficou mais orgulhoso pelo que viu do que o pai do Marcus Thuram. O problema é que eles saíram felizes, nós não);

Bernardo Silva: juro que não entendo que caral** faz com que jogues como extremo. Entra técnico, sai técnico, e não há um corno pra te deixar jogar solto. Fez isso contra a França e, obviamente, Portugal cresceu;

Rafael Leão: Koundé deveria passar por terapia para se livrar dos traumas causados pelos avanços de Rafael Leão. Nós todos também teremos que passar por terapia para esquecer que Rafael Leão ganha todas as jogadas e não acontece nada depois disso, a não ser uma ou outra ecrã quebrada por quem esperava pelo golo (João Félix: merecias mais respeito e minutos, mas nunca no lugar de Rafael Leão);

Cristiano Ronaldo: por quê, Cristiano?

Roberto Martinez: havia muito potencial, flexibilidade tática, jogadores acima da média em todas as posições. Mas havia um treinador que dispôs de seis amistosos – mais um jogo para cumprir tabela – para preparar um time que ficou amarrado às vontades de seu capitão, que começou bem, mas deitou tudo ao chão conforme seu golo não saiu. O que dói é que poderia ser melhor. Uma pena, Roberto, mas simpatia não basta nos grandes palcos.

*As avaliações têm um certo exagero, galhofa e alguma base técnica. É favor não levar tão a sério

** Marcos Teixeira, 45, é jornalista, lusitano e colunista do site Ludopédio.org

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do NETLUSA


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MARCO ANTONIO PINTO DIAS
MARCO ANTONIO PINTO DIAS
2 meses atrás

Esse Marcos Teixeira é bestial!!! Sabe tudo e mais um pouco! Parabens Netlusa por tê-lo como colunista!

Luiz Carlos da Costa
2 meses atrás

Técnico Ruim se é para manter o CR7 no time então tens que criar jogadas o Bernardo e um meia ou um lateral esquerdo jogando na direita o Bruno só joga no Manchester porque ele não sabe jogar ou o técnico não sabe qual a função dele. Não vi um jogo da seleção que mostrasse qualidades esse técnico me deixou saudades do outro como pode uma nação que tem técnicos bons espalhado pelo mundo pega um técnico Espanhol que nunca ganhou nada tinha nas mãos uma poderosa seleção da Bélgica e não conquistou nada

LEONINO
2 meses atrás

Portugal jogou melhor que a França mas o Brasil não jogou melhor que o Uruguai ! Ambos voltaram pra casa mais cedo ! O Brasil mereceu retornar , mas Portugal não !!!! Coisas do futebol !

Pereira
Pereira
2 meses atrás

Para o bem e para o mal, não havia como não escalar CR7, sendo essa a sua última participação. Aos 39 anos, é natural que não tenha mais a mesma velocidade e lucidez, requerendo maior proximidade dos companheiros para triangulações.

Portugal teve posse de bola, mas não transformou isso em verticalidade e pontaria. A impressão é de que fiaram-se na decisão por pênaltis, esquecendo-se de que do outro lado não estava a Eslovênia.