Foto: Divulgação/FIFA

Quem assistiu ao jogo de estreia de Portugal na Copa do Mundo do Catar pode reclamar de qualquer coisa, mas não de falta de emoção. Que segundo tempo!

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Cinco gols concentrados em 25 minutos. Mesmo tendo mais posse, mais passes, mais chutes e melhor qualidade, quando parecia que as coisas podiam se tranquilizar, vinha gol do adversário. Parece até um time que a gente conhece…

No último lance, já no 10° minuto de acréscimo, veio na cabeça de todo mundo aquele gol que o Rodolfo Rodríguez levou de Ronaldo nos anos 1990. Na nossa veio o gol do Mancini na falha do Tom contra o América em 2014. Pra sorte de Portugal, Diogo Costa vacilou, mas o Williams não soube aproveitar.


Eu sou da teoria de que em Copa do Mundo não tem jogo fácil, ainda que a Inglaterra e a Espanha tenham desafiado essa lógica durante a semana.

Mais que três pontos, eu diria que pra superstição é bom que Portugal passe por alguns sofrimentos no caminho.

Digo isso com base em 1966, quando depois de passear na primeira fase, a turma do Eusébio viu a Coreia do Norte abrir 3 x 0 no primeiro tempo, no que podia ser uma zebra histórica. A virada veio na base do esforço, e o time chegou na 3a colocação. No ano do outro bronze, também não foi fácil, com a ‘batalha’ cheia de cartões amarelos e vermehos diante da Holanda.

Pra ficar num exemplo mais recente, tem também o título da Euro em 2016, com empate atrás de empate e a vitória no finzinho, com um herói improvável, Eder, e o craque, Cristiano Ronaldo, lesionado.

Pra seleção de Portugal nada vem fácil, mas ao menos o sofrimento traz lembranças de boas campanhas. Que venha mais uma!

* André Carlos Zorzi é jornalista, autor de “Para Nós És Sempre O Time Campeão – A Portuguesa de 1996” e coautor de “Lusa: 100 Anos de Amor e Luta”.

7 comentários

  1. Arrisco a dizer que o sofrimento é por conta de um técnico que além de ultrapassado é apático e não tranjsmite vontade pros jogadores. Minimamente, se fosse o Abel, o Jessu ou qq um que saiba um pouco de bola e tenha garra, não passaríamos raiva e Portugal seria candidato ao título.

  2. Muito bom comentário, Rogério.
    Fernando Santos está superado e escala mal, não aproveitando o potencial de cada jogador.
    Diogo, goleiro do Porto, é promissor, mas Rui Patrício tem experiência de outras Copas, além de campeão da Euro.
    Danilo Pereira é volante. Jogando de zagueiro, é lento e não tem recuperação. Se Pepe estiver inteiro impoe respeito e é o dono da área.
    Parece que CR7 e Bruno Fernandes não se bicam, o que prejudica o time.
    Enfim, Abel Ferreira ou Jorge Jesus extrairiam muito mesmo do grupo.

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