“Ó, tempo, volta pra trás
Dá-me tudo o que eu perdi
Tem pena e dá-me a vida
A vida que eu já vivi
Ó, tempo, volta pra trás
Mata as minhas esperanças vãs
Vê que até o próprio sol
Volta todas as manhãs”
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A antiga canção de Antonio Mourão pede para o tempo retroceder e devolver as alegrias de quem as viveu, mas já não as tem. Certamente, quem torce pela Lusa e já teve o prazer de ouvir a marcha que abre este texto, já deve tê-la cantarolado, mesmo subconscientemente.
Este torcedor, entre um fado e outro, adoraria voltar ao tempo em que a Portuguesa disputava títulos, vencia clássicos, cedia jogadores à Seleção Brasileira ou a times de campeonatos mais endinheirados. E este tempo só voltará quando a Lusa fizer o que fazia, por exemplo, nos anos 90. Nem falamos dos anos 1950 ou 1960, quando algumas das grandes estrelas do futebol brasileiro vestiam a camisa da Lusa.
Sim, este colunista sabe que os tempos são outros e que as condições também, mas só se percorre um caminho quando o conhece ou quando há pernas para isso.
Para o tempo voltar para trás, é preciso não tomar um cartão amarelo aos 30 segundos de jogo e outro aos 20 minutos, e em lances nos quais nem era preciso fazer falta. Quem quer o que queremos não pode estar sujeito a ter o apito contra em todos os lances discutíveis e isso é feito com um trabalho nos bastidores. Usando um dos chavões mais surrados da bola, não é ser beneficiado; é não ser prejudicado. Ou anos menos contar com o respeito de quem apita.
Para o sol voltar na manhã seguinte, seria prudente não se desfazer de jogadores importantes antes de ter quem os substitua. Sem atrativos como um bom salário e uma boa vitrine que seja exposta durante toda a temporada, o trabalho de montagem do elenco é essencial e não permite erros.
Este colunista nem pede para o tempo dar-lhe tudo o que eu perdeu, mas ter um time capaz de vencer concorrentes diretos da parte de baixo da tabela não é pedir muito. Da mesma forma, a vida que já viveu era bem mais que perder um clássico sem dar um raio de um chute contra o gol adversário.
Não é muito.
Passar sete anos enfiado no inferno da Série A2 e alguns destes, como agora, sem calendário nacional, faz das horas dias e dos dias anos, como é cantado por Antonio Mourão, Tony de Matos, Roberto Leal e quem mais tiver gravado. A diferença é que, agora, faltando sete jogos para o término da primeira fase do Paulistão, tempo é o que a Portuguesa menos tem para acertar a rota e impedir mais uma tragédia
E se algo em comum há entre o tempo e a bola, é que eles não têm pena de ninguém.
* Marcos Teixeira, 45, é jornalista, lusitano e colunista do site Ludopédio.org
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do NETLUSA
Linda analise do jogo, do presente e do futuro se é, que nós ainda temos tudo isso, passado temos agora futuro tá complicado. Temos que focar no presente. Obrigado Marcos Teixeira pelo texto.
porrra contrate o emerson leao ele vem de graça.
Belo texto, Marcos! Parabéns!!!!!!
Precisam respeitarem a nossa lusa como um grande de São Paulo nossa colônia muito grande
Pois é, seria prudente um planejamento que incluísse um Diretor mais competente que o TC, que contrataria um treinador melhor que o Nasola, que traria jogadores mais eficientes que esses que ai estão e teríamos um time mais competitivo e que nos daria mais alegrias. Obs. – para um futuro (??) melhor é fundamental ter juniores e juvenis, pelo menos.
Infelizmente o tempo passou e nossa querida e amada associação portuguesa desportos ficou para trás e falo isso com muita dor no coração, hoje estamos muito más muito longe dos chamados grandes do futebol brasileiro e só vejo uma saída, apostar na base, a muitos jogadores que jogão em times do interior com muita qualidade técnica e não tem chance em times de São Paulo , não adianta ficar investindo em jogadores que já estão em fim de carreira e jogadores bons não irão querer defender uma equipe que não tem divisão alguma para jogar , na minha opinião a categoria de base é a solução……
Bonito texto. Mas não vislumbro futuro para a portuguesa. Destruíram o patrimônio do clube social e enterraram o futebol com o caso Heverton. E a culpa não foi do Fla ou do Flu. Foi de alguém de dentro da portuguesa que se vendeu e ninguém de dentro quis apurar os fatos. Varreram para debaixo do tapete, portanto, deve ter vários dirigentes que se locupletaram com essa falcatrua e provavelmente destruíram permanentemente o clube. Mas para esses pouco importa, o que vale são seus bolsos cheios.