Foto: Everton Calício/Portuguesa

O zagueiro Victor Ramos, que disputou o Paulistão deste ano pela Portuguesa e atualmente está na Chapecoense, teve uma conversa tensa com um intermediário do esquema de apostas esportivas e que também é investigado no processo. Em prints de WhatsApp revelados na Operação Penalidade Máxima II, no Ministério Público de Goiás, o grupo discute e aprova a participação do jogador no esquema.

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O jogador aceitou receber R$ 100 mil para que ele cometesse um pênalti na partida contra o Guarani, que terminou com derrota lusitana por 2 a 1, no Brinco de Ouro da Princesa. O duelo foi válido pela primeira fase do Estadual. De acordo com o MP-GO, o jogador aceitou o acordo, mas as apostas não foram registradas por conta das ‘dificuldades encontradas pelos denunciados em realizarem outras apostas combinadas na mesma rodada’. Ou seja, o grupo não encontrou outros jogadores na mesma rodada do Paulistão para fazer uma aposta múltipla.

“Ele falou: ‘É a primeira de muitas’. Falou: ‘Cem conto (R$ 100 mil) ele pega, entendeu?’. Cem conto ele pega e é isso, metade antes, metade depois. E a única coisa que você falou é o seguinte: ‘O último jogo o técnico caiu, está ligado? […] Espere para ver como vai ser o treino hoje e tal, né?’. Querendo ou não, ele é titular, capitão. É só para ver se o técnico não vai fazer loucura. Amanhã, na quarta-feira, já te dou certeza […] Mas já deu para ver que o Victor Ramos é do game, entendeu? Aí amanhã provavelmente vou encontrar pessoalmente com esse assessor, brother dele aí”, diz um intermediário, em áudio divulgado na denúncia.


Em seguida, a denúncia apresenta os prints da rede social, no qual o atleta cobra Pedro Gama dos Santos Jr., intermediário nas negociações, de forma veemente pelo pagamento. O jogador ainda deletou algumas mensagens enviadas. As imagens foram divulgadas após Victor Ramos ter o celular apreendido, em abril.

Fotos: Reprodução/MP-GO

A denúncia não mostra comprovante de pagamento para o atleta. Entretanto, apresenta as conversas do defensor falando sobre questões financeiras com familiares e amigos entre os dias 6, 9 e 10 de abril. Em momento algum, ele fala acerca da origem do dinheiro que receberá. A partida, inclusive, foi a última do defensor com a camisa da Portuguesa. Ele foi dispensado no decorrer do Estadual.

De acordo com o Artigo 41-C do Estatuto do Torcedor, que diz que “solicitar ou aceitar, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem patrimonial ou não patrimonial para qualquer ato ou omissão destinado a alterar ou falsear o resultado de competição esportiva ou evento a ela associado”, Victor Ramos pode sofrer pena de reclusão de dois a seis anos e multa.

Além do jogo diante do clube campineiro, outra partida da Lusa também é alvo de investigação. Trata-se da vitória da Lusa sobre o Red Bull Bragantino por 3 a 0, no dia 21 de janeiro, no Canindé, pela terceira rodada do Estadual. As informações são da revista Veja.

De acordo com o periódico, o zagueiro Kevin Lomónaco, do time de Bragança Paulista, recebeu uma proposta de R$ 200 mil para cometer um pênalti no primeiro tempo. Contudo, o defensor não aceitou a oferta. Lomónaco atuou nos 90 minutos de jogo.

Sobre as investigações

A operação “Penalidade Máxima” teve início em fevereiro e busca provas de uma associação criminosa envolvida na manipulação de jogos. O esquema teria o objetivo de viabilizar as apostas em valores elevados. A partir disso, alguns atletas receberiam parte dos ganhos em caso de êxito.

Os jogadores seriam procurados com ofertas para lances específicos, como fazer um número específico de faltas, levar cartão amarelo, garantir uma quantidade determinada de escanteios e até ajudar na derrota do próprio time.

Com os acordos, os apostadores obtinham lucro alto, conforme informou o representante do MP-GO, Fernando Cesconetto. “Valores que variavam entre R$ 70 mil e R$ 100 mil. Esses jogos seriam todos manipulados, variando eventos de cartões amarelos, pênaltis e outros. Arrecadamos materiais em diversos estados, como equipamentos eletrônicos”, afirmou.

Foram expedidos mandados de busca e apreensão nas cidades de Goianira (GO), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Pelotas (RS), Santa Maria (RS), Erechim (RS), Chapecó (SC), Tubarão (SC), Bragança Paulista (SP), Guarulhos (SP), Santo André (SP), Santana do Parnaíba (SP), Santos (SP), Taubaté (SP) e Presidente Venceslau (SP).

13 comentários

  1. Prende logo esse vagabundo!!! Só jogou na Nossa Lusa porque tem DIRETOIRE que gosta de rapazes maduros e entupidos de tatuagens!!! Não duvido que chegou a convidar o MALA para a Adega ou o tradicionalíssimo Almoço dancante!!!

  2. desgraçado, muito estranho as jogadas bisonhas dele (um jogador profissional) em todos os jogos da lusa, ele é grossão,mas as merdas que ele fazia em campo estavam muito estranhas mesmo,só espero que a instituiçao “portuguesa’ nao sofra penalidades,verme do c….

  3. ministerio publico,investiguem nosso presidente castanheira,só vem fazendo lambança na sua gestão,a ultima foi mandar um balanço pra fpf sem aprovaçao do cof e conselho da lusa,o “castanheira e seus castanhetes’ andam muito calados e sumidos, ai tem coisa hein….

  4. O futebol está ficando para segundo plano. Virou um comércio descarado. Manipulação de resultados ocorre há anos. Mas agora com esses inúmeros canais de apostas, fudeu. Dai para pior. Triste vc ir ao estádio, pagar seu ingresso e ver um cara do seu time entregar a rapadura para se beneficiar. Um cara que recebe salário. Mau caráter. Cadeia.

  5. Canalha e desgraçado. A Portuguesa com toda a dificuldade de manter as contas em dia e na esperança de alcançar os objetivos com esses jogadores, vem esse maldito pra fud…o nosso clube. Cadeia é pouco pra esse bosta.

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