Foto: Getty Images

Recebi, pela manhã, o trailer do documentário “Barcelusa, O Filme”, a próxima maravilha produzida pelo Acervo da Bola, no qual sou um dos entrevistados. Com o perdão da repetição, um filme passou na minha cabeça.

A criação do termo, numa troca de mensagens despretensiosa com o também jornalista/lusitano Flávio Gomes, e que ajudou a tornar imortal para o mundo um time que já o seria para a torcida; a comoção no Canindé a cada jogo mais pintado de rubro-verde, a faixa virada, o acesso, o título, a beleza, a imortalidade, a esperança.

“Vou torcer pra Lusa bebendo vinho. A Série A é o meu caminho!” era o mantra que emanava na Casa Portuguesa, jogo sim, jogo também. O futebol bonito, vistoso, os apelidos dados pelos torcedores: Ananiesta, Xavi Antonio, Lionedno Messi, Canindé Nou. Enfim, o orgulho. Enfim, a Portuguesa.

Orgulho. Força. Superação. As vezes em que o retorno ao nosso lugar ficou no quase, na trave, a um ponto, a três pontos, por detalhes. Tudo isso ficou para trás quando o capitão Marco Antônio acertou o pombo sem asas para empatar o jogo; quando o Luís Ricardo deixou meio Sport pelo caminho para virar o placar; quando o 2 a 2 foi o suficiente para soltar o grito de campeão que tanto queríamos. E que fomos. E que somos.


O vira que a Lusa fez o Brasil dançar, simbolizado na faixa que a Leões virou quando o acesso deixou de ser mera questão matemática, talvez seja o ponto alto de tanta grandiosidade, de um momento em que a Portuguesa mostrou qual é o seu lugar no cenário do futebol brasileiro.

Em 10 anos, muita coisa aconteceu e quase tudo de ruim caiu sobre a cabeça de quem carrega a Cruz de Avis na camisa e a Portuguesa no coração, mas não tratemos disso hoje. Pelo menos por hoje, na data que marca os 10 anos do título que coroou o futebol mais bonito do país, falemos somente dos substantivos abstratos que pulsavam naquele 2011: amor e esperança.

O amor é incondicional, mas a esperança depende do ambiente para florescer. Rever o que foi aquela campanha reaviva a esperança de que dias melhores são possíveis; que a Barcelusa é eterna; que a Portuguesa vive.

* Marcos Teixeira, 43, é jornalista, lusitano e colunista do site Ludopédio.org

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