Foto: Ronaldo Barreto/NETLUSA

Fazia tempo que não vivíamos tantos momentos de sorte (será de campeão?) no Canindé.

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Nas rodadas iniciais, dois adversários fracos, que nos permitiram fazer 7 gols e nos consolidar no G-8 e na liderança desde os primeiros momentos do torneio.

Contra o Juventus, tivemos dois expulsos, mas conseguimos segurar a vitória.


Diante do Velo Clube, pênalti para eles no último minuto da partida. Vencemos graças à defesa do goleiro.

No jogo seguinte, perdemos. O clima não era dos melhores. Ainda veio mais um empate e, recebendo o fraco Taubaté no Canindé, o time do interior abriu o placar no começo do jogo. Venciam até os 30′ do segundo tempo. Com um gol aos 46′, mudamos o astral a nosso favor.

Já sem valer muito, estávamos perdendo do Audax. Pênalti para nós e o gol de empate quase aos 45′ da etapa final.

No mata-mata, muita reclamação sobre um suposto pênalti não marcado. Por incrível que pareça, o erro era a nosso favor!

No jogo de volta, a torcida compareceu e se animou, como há tempos não fazia. O 0 a 0 estava garantindo nosso objetivo, a classificação. Mas faltava um gol pra ficar mais bonito. De novo, ao apagar das luzes. Com direito a quebra de jejum do autor, que só havia balançado as redes na longínqua 1ª rodada, que hoje nos parece outro mundo.

Agora, nas semifinais, poderíamos enfrentar um dos dois excelentes times que vêm embaladíssimos por goleadas marcantes nas quartas (4 a 0 no Linense e 5 a 1 no XV de Piracicaba) ou um time que passou no sufoco dos pênaltis. Adivinha com quem caímos?

O título desta coluna nos remete ao ano de 2011. O então presidente da Portuguesa, Manuel da Lupa, foi receber o troféu de campeão brasileiro da Série B em cerimônia organizada pela CBF e transmitida pela TV. Na hora do discurso, falou apenas que costumava-se dizer que o nosso pão sempre caía com a manteiga virada pra baixo: “Esse ano o pão caiu com a manteiga para cima”.

Desde então, uma década se passou e o nosso chão está até escorregadio de tanta manteiga. Mas 2022 está sendo diferente. Tudo que podia dar certo, está dando certo. E muita coisa que tinha tudo para dar errado, acabou dando certo também.

Até agora!

Nunca é demais lembrar que, mesmo vivendo um momento que tem tudo pra ser histórico, ainda faltam dois jogos dificílimos para o nosso objetivo final – detalhe: contra o único time do torneio que já nos superou.

E, se o acesso não vier, o resultado de toda essa campanha linda nos será praticamente o mesmo que tivemos naqueles anos sofridos em que não caímos por pouco: mais um ano de Série A2.

Mas a ‘sorte’ está do nosso lado. Falta apenas aos jogadores continuarem cumprindo o papel que têm desempenhado com primazia até agora. Tem tudo pra dar certo. Chegou o momento do “Agora vai!”, torcedor. Falta muito pouco! Rumo ao tri!

* André Carlos Zorzi é jornalista, autor de “Para Nós És Sempre O Time Campeão – A Portuguesa de 1996” e coautor de “Lusa: 100 Anos de Amor e Luta”.

9 comentários

  1. Sorte Lusa! O clube mais prejudicado pelo “SISTEMA” no Brasil! Essa FPF não tem credibilidade! Sou Palmeirense, mas sempre simpatizei com vcs! Boa sorte e que o SISTEMA não os atrapalhe!

  2. Sou Santista, mas sempre tive a Lusa como aquele segundo time, afinal há um resquício de sangue lusitano que ainda corre nessas veias. Força Lusa!! Estou torcendo pra que esse seja o ano da redenção.

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