A riqueza de um futebol pobre

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A derrota da Portuguesa para o Votuporanguense por 2 a 1 foi bastante lamentada pelos torcedores rubro-verdes. E com toda razão. No entanto, mais preocupante ainda foi a atuação da Lusa.

Perder no futebol faz parte. O problema é como esse revés acontece. A atuação ontem foi apenas uma extensão do que vem sendo durante toda a Série A2: um time sem padrão tático e sem entrosamento. Como pode alterar um time completamente de um jogo para o outro?

Michel, volante que iniciou a competição como titular e atuou na partida passada, não foi sequer relacionado para enfrentar o Votuporanguense. Não estou defendendo o jogador. A questão é: como um time vai pegar corpo se a todo momento muda?

Diante do Barretos, na estreia do Campeonato Paulista, a Portuguesa atuou com três volantes. Ontem, sete rodadas depois, foram três atacantes. Será que as constantes mudanças surtiram efeito? É óbvio que não! O time não cria, não defende, não consegue trocar três passes. O Votuporanguense parecia estar jogando em casa. E este foi, de fato, o sentimento do aversário.

Um jogador da equipe de Votuporanga admitiu, em conversa comigo, que a Rubro-Verde pouco assustou: “A Lusa não agrediu em nenhum lance. Só na hora que o jogador do nosso time entregou que eles fizeram o gol. Senão, nada”. Sim. Isso foi dito por um atleta adversário. E não é mentira!

Chegou a hora de Tuca Guimarães deixar o comando da Portuguesa. Aliás, ele não deveria ter sido contratado. Nada contra a pessoa, mas quais conquistas possui o seu currículo? Rápído exemplo: Ito Roque, técnico do Votuporanguense. Dois acessos na carreira, no comando de uma equipe pequena e com um time competitivo. Aliás, cadê o time competitivo, presidente?

Competitivo: que compete; que participa de competição.

Defender durante os 90 minutos e apostar em chutões e cruzamentos não é competitivo. Ninguém quer uma Seleção. Queremos apenas um time que pratique futebol. E não precisa ser vistoso. Nível Série A2 já está ótimo!

E sigo com a minha dúvida: o que o radialista Alexandre Barros falaria da equipe atual?

Como diz um grande amigo, se tem aspecto de merda e cheiro de merda, você não precisa comer para saber que é merda.

Mas fiquem tranquilos. Rico, 35 anos, vai nos salvar. A riqueza voltou!

Por Lucas Ventura


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