Há 76 anos, voo que levava Portuguesa ao Recife sofreu acidente

Avião pousou de barriga e deu perda total, mas ninguém ficou ferido

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Foto: Ronaldo Barreto/NETLUSA

Há 76 anos, ou seja, no dia 6 de janeiro de 1946, a Portuguesa enfrentou o Sport, em excursão no Recife, e venceu por 4 a 2. O resultado, no entanto, ficou em segundo plano diante do acidente com o avião que levava a delegação rubro-verde ao Pernambuco.

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Antigamente, para se chegar ao Recife, era necessário viajar para o Rio de Janeiro e, de lá, pegar outro avião, com destino a Vitória, no Espírito Santo. Em seguida, então, era preciso fazer a terceira e última viagem, da capital capixaba até Recife.

Porém, o trajeto do Rio de Janeiro a Vitória por pouco não terminou em tragédia. Logo que decolou, a aeronave não conseguiu recolher o trem de pouso, que se desprendeu e caiu. Com isso, o comandante desistiu de prosseguir com a viagem e retornou ao Rio de Janeiro.

Sem o instrumento para pousar, o comandante precisou dar inúmeras voltas sobrevoando a Baía de Guanabara até que o combustível terminasse. Após ficar com o tanque vazio, o avião, em meio à forte chuva que caía no aeroporto, conseguiu pousar de barriga na pista, onde esperavam diversos carros de bombeiros e ambulâncias.

A aeronave deu perda total, entretanto, devido à habilidade do piloto, ninguém ficou ferido. Os passageiros deixaram o avião às pressas, muitos beijando o chão após um acidente que poderia ter terminado de forma muito pior.

Dentro de campo, Renato, Nininho, Capelozzi e Hélio fizeram os gols da Lusa no triunfo por 4 a 2, na Ilha do Retiro. O técnico rubro-verde era Conrado Ross.

Olhou, contratou!

Neste duelo, Simão, atacante do Sport, se destacou e chamou atenção da diretoria da Portuguesa, que contratou o ex-ponta esquerda logo após a partida. Foi neste momento que começou a trajetória de sucesso do ex-atleta no clube do Canindé, atuando de 1946 a 1953 e depois em 1956 e 1957. O ex-jogador disputou 229 partidas e anotou 47 gols, de acordo com o Almanaque da Lusa.

Simão fez parte da maior – considerada por muitos – linha de frente da história da Lusa, com Julinho, Renato, Nininho e Pinga. Com a camisa da Portuguesa, o ex-jogador conquistou o Bi-Fita Azul no exterior. Em 1949, ele disputou a Copa América pela Seleção e marcou cinco gols.

*com informações de Sérgio Luiz Henriques, historiador da Lusa e colaborador do Museu Histórico da Portuguesa.


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RODOLFO VICENTE TEIXEIRA
RODOLFO VICENTE TEIXEIRA
2 anos atrás

Bela divulgação de nossa história grandiosa

Alexandre Mendes
Alexandre Mendes
2 anos atrás

Primeira vez que escuto essa história.
Interessante

ademir Barizzon
ademir Barizzon
2 anos atrás

e gratificante lerr a historia da lusa