Foto: Divulgação/Portuguesa

Lusa e São Bento, a grande final da Série A2 do ano passado, novamente em um contexto decisivo – e diria até que mais, afinal, ali os dois estavam garantidos na A1 do ano seguinte. Desta vez, nenhum dos dois.

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Ao longo da semana, me perguntei: a Portuguesa está encarando o jogo de hoje com a relevância que merece, não apenas para o campeonato, mas para o que nos espera nos próximos anos?

Afinal, o resultado dele pode ter impacto direto na nossa cota de campeonato a receber no ano que vem, potenciais patrocinadores, poder de barganha para jogadores, planejamentos para disputar Copa do Brasil e Série D e, por que não, já que essa parece ser uma prioridade da diretoria, a venda de mando de campo? Afinal, não tem sentido jogar em Brasília contra XV de Piracicaba e Portuguesa Santista, não é?


Fiz uma rápida comparação no Instagram das duas equipes nesses dias que antecederam o encontro.

A Portuguesa fez cinco postagens. Na primeira, fala-se em “próximo compromisso”. Depois, que “A Lusa enfrenta o São Bento”. Na terceira, com o valor dos ingressos, consta apenas “Portuguesa x São Bento”. Nas duas mais recentes, sobre os treinos, aí sim cita-se “confronto decisivo”, já um termo um pouco melhor.

No perfil do São Bento, quatro postagens. Uma exalta a torcida como 12º jogador, e as outras três tratam diretamente sobre o que chamam de “JOGO DO ANO”, em caps lock mesmo. Ainda há o anúncio de ônibus para sócios irem ao Canindé e da abertura de um treino antes da partida decisiva.

Veja, não estou aqui fazendo uma crítica ou dizendo que existe um modelo certo ou errado de guiar uma comunicação nas redes sociais. Há diversos fatores a serem respeitados conforme a imagem que se pretende passar, e não estou avaliando isso. Mas senti uma transmissão muito maior de “clima de jogo grande” por parte do São Bento. Fico receoso se essa sensação de apatia que nos passa a Lusa também existe dentro do clube, e, principalmente, se ela paira sobre os jogadores. Espero que não.

Sobre o título dessa coluna, não cair significa ficar entre os 14, ou seja, classificar à disputa do Taça Independência. Não que valha de muita coisa, mas com o ano que a gente vem tendo, seria um baita prêmio de consolação.

Nosso 2023, 2024, e talvez até os anos seguintes, passam pelo jogo de hoje. Se ganhar, existe chance até de se manter na elite com derrota na última rodada!

Como diria Dom Pedro: [Classificação ao] Independência ou [a nossa possível] morte [lenta, nos acostumando novamente à série A2 e longe da Série D].

PS: lembrem-se que, independentemente do resultado, quebrar patrimônio do clube ou partir para agressão de quem quer que seja só acaba por gerar prejuízo a nós mesmos, seja com custos de reparo, seja com possíveis perdas de mando de campo.

* André Carlos Zorzi é jornalista, autor de “Para Nós És Sempre O Time Campeão – A Portuguesa de 1996” e coautor de “Lusa: 100 Anos de Amor e Luta”.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do NETLUSA

2 comentários

  1. Eu acredito sim na Lusa.Depende só dela mesmo e penso que para o ano que vem da pra planejar melhor.Para esse ano o importante é se manter na A1,independente da posição na tabela e ser um pouca mais competitiva no que disputar.Nao da pra se igualar a Inter de limeira,São Bento,Ituano e outros,sendo da Capital.

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