Os funcionários da Portuguesa entraram em greve nesta quinta-feira por causa do atraso no pagamento de salários. De acordo com a ESPN, são quatro meses de atraso.
O protesto conta com profissionais de diversos setores do clube, como segurança, limpeza, recursos humanos e marketing. O grupo ouviu uma promessa do presidente Alexandre Barros de que a dívida seria quitada há duas semanas, o que não ocorreu.
Os funcionários, que também não estão recebendo vale-transporte e vale-refeição, devem seguir com a paralisação até o final de domingo.
Procurado, Alexandre Barros negou que grupo esteja em greve, em atitude semelhante a que teve em fevereiro de 2018, quando desmentiu uma greve dos jogadores.
“De greve, não tenho ciência nenhuma. Tenho ciência que quando há jogos no Canindé e os funcionários trabalham nesses jogos existe um banco de horas. Eles folgam. Como hoje é véspera de feriado, foi decidido ontem dar folga aos funcionários. Por exemplo, parte administrativa, marketing, comunicação. Como já vão folgar sexta, sábado e domingo, demos folga hoje”, disse ao site da ESPN.
“A parte da segurança existe uma escala. Temos um número pequeno. Na secretária um funcionário foi trabalhar, mas não sentiu-se bem e foi embora. Agora relacionar isso aos salários atrasos não existe. Os salários estão atrasados, mas não são quatro meses”, complementou.
Barros seguiu garantindo que não existe greve e citou ‘coincidências’ na desistência dos funcionários. “Se eles estão fazendo greve, não foi o que eles me comunicaram. Ontem, a Luciana, do marketing, me avisou que não viria porque a mãe faleceu e ela resolveria a documentação. O Dino tirou folga porque ele tinha banco de horas. A Mônica a mesma coisa. O Caio veio e foi embora porque passou mal. Outros tiraram folga. Agora se eles, entre eles, fizeram greve e não nos avisaram, não posso te dizer. Existem coincidências. Mas todos no clube sabem que é véspera de feriado com emenda e damos folgas”, afirmou ele, que também desmentiu que o débito seja de quatro meses.
“São dois meses, o vencimento de março e de abril. O pagamento de janeiro foi feito. Então, não receberam fevereiro, que venceu em março, e março, que venceu em abril. Ninguém esconde isso. Quando eu assumi, a Portuguesa devia nove meses de salários”, explicou.
Por fim, o mandatário da Lusa disse que contava com um dinheiro que não entrou no caixa rubro-verde. “Existia uma receita de um evento que devia ter sido paga até segunda-feira e o dinheiro não entrou [na conta da Portuguesa]”, concluiu.
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