Técnico da Lusa explica entrada de Wendel e saída de Paraizo

Se teve um responsável por ter mantido o placar de 0 a 0 no jogo entre Portuguesa e São José foi Rafael Pascoal. O goleiro fez boas defesas durante os 90 minutos e recebeu elogios merecidos do chefe. Em entrevista coletiva após o confronto, no estádio do Canindé, Leandro Zago falou sobre o goleiro. Segundo ele, o desempenho não foi por acaso, já que o arqueiro se prepara para realizar momentos como esse.

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“É um excelente goleiro, uma excelente pessoa. Tem um grande jogo com os pés, debaixo do gol é um cara muito concentrado, um atleta que busca melhorar sempre, trabalha muito o extracampo para que contribua com sua carreira. É um cara muito inteligente, busca sempre ferramentas que possam melhorar seu desempenho, acho muito importante e uma cultura que deveríamos ter no Brasil mais forte. Ele merece quando faz uma partida dessa e é decisivo, ele fez gol hoje, merece e se prepara para decidir, não é por acaso”, contou Zago.

Leandro Zago promoveu uma surpresa na escalação para encarar a Águia do Vale, com a entrada de Wendel na vaga de Paraizo, o que gerou surpresa na torcida e foi assunto na entrevista coletiva. Primeiro, o comandante lusitano explicou o motivo do teste do lateral-esquerdo na ponta.

“O Wendel tem características que são muito boas, é muito rápido, potente, bate muito bem na bola, tem um jogo aéreo muito forte e vimos que poderíamos ganhar com isso no corredor esquerdo e acredito que acionamos pouco. Nossa ideia era ter um jogador aberto no campo que pudesse dar volume de jogo um pouco mais daquele lado, que pudesse ganhar duelo com o lateral adversário, ir para cima, cruzar, bater para gol. Ele foi muito importante no jogo, na função que fez”, explicou o técnico.

Situação de Paraizo

Sobre a saída de Paraizo, que entrou apenas no segundo tempo, o técnico foi curto e direito dizendo que foi para preservar o garoto em um momento de oscilação. Zago se mostrou preocupado em ‘não queimar’ um ativo da Rubro-Verde, que trabalhado com mais calma, pode entregar muito no futuro.

“Paraizo é jovem, está em processo de formação, em que vai oscilar, precisa ser educado, aprender processos, algumas coisas e é isso. Foi por isso. A gente acha que o primeiro tempo que fizemos, tirando os erros sobre contra-ataques, com bola, foi o melhor tempo que nós fizemos, equiparado ao que fizemos com o Santo André na estreia porque a gente queria mexer um pouco na dinâmica da equipe, e por ser um jogador em formação que não vou ficar expondo em todo momento até que se desgaste com a torcida e o clube perca um jogador de baita potencial”, revelou o comandante.

Perguntado sobre a melhor forma para escalar o jovem atacante, se centralizado ou pelas pontas, Leandro Zago não vê como crucial no momento. Segundo o técnico, Paraizo precisa melhorar aspectos técnicos que o ajudará a marcar mais gols e ajudar taticamente o time em campo.

“O Paraizo está aprendendo a jogar mais de costas, quem joga mais na frente, da forma como as equipes defendem, vai acabar tendo que jogar de costas por causa do espaço reduzido entre as linhas. Ele precisa melhorar essa questão corporal para poder saber a hora de fazer pivô, na hora de fazer o facão para as costas da linha, isso é uma leitura que os atacantes ganham com o tempo. A questão é jogar por fora ou por dentro, é entender os espaços, as decisões, e tecnicamente responder melhor ao jogo. É da evolução dele mais que posição”, disse o comandante.

O atacante entrou na metade do segundo tempo e pouco conseguiu participar nas ações ofensivas. De modo geral, a Portuguesa não foi bem no empate sem gols com o São José, e chamou a atenção apatia do time em campo, levando pouco perigo à defesa adversária.