Sérgio Soares cita falta de criação e pede que o time sinta a derrota

Sérgio Soares sabe que a Portuguesa não foi bem contra o Rio Claro. Não à toa foi derrotada por 1 a 0, no estádio do Canindé, no que foi o primeiro revés lusitano na Série A2 do Campeonato Paulista. O que explicaria essa atuação? Para o técnico, a Lusa não soube quebrar a defesa fechada do adversário e a ‘vilã’ disso foi a falta de criatividade.

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“A gente não teve criatividade na fase ofensiva, de aproximação, de individualizar quando precisava porque eu dou muita liberdade aos meninos para que façam a ação individual, principalmente quando você pega um adversário fechado. Não tivemos criatividade, não digo inspiração. É tentar criar algum espaço para desarrumar o setor defensivo, foi isso que aconteceu. É claro que a gente tentou rodar essa bola, mas faltou um pouquinho de entregarmos mais nesse jogo”, analisou o técnico.

Questionado sobre uma possível entrada de Railan no lugar de Luis Ricardo, o que, na teoria, daria um maior poder ofensivo pela direita, o comandante lusitano disse que não caberia depois das primeiras mudanças. Ele destacou que optou por tentar fortalecer a criação no meio de campo com Daniel Costa e Danilo Pereira juntos, e essa possível mudança no lado deixaria o time fragilizado na marcação.

“O Railan não entrou porque fizemos duas alterações, a do Will [Viana] e a do Danilo [Pereira], e quando você coloca o Danilo vai soltar o lateral, sendo que já não tem a força de marcação no meio de campo porque você está tentando criar no meio? Eram dois meias, Danilo e Daniel [Costa], você acaba perdendo um pouquinho se colocasse o Railan Optei por deixar o [Gustavo] França aberto, e não teria espaço para fazer a ultrapassagem. Então não teria necessidade, por isso a opção pela não entrada dele e sim do Danilo, para que a gente pudesse ter um meia para ajudar o Daniel na construção”, explicou o comandante.

Sérgio Soares ainda se aprofundou no assunto alterações. No total, fez apenas três ao longo dos 90 minutos, com Will Viana, Danilo Pereira e Léo Castro entrando nas vagas de Anderson Ligeiro, Hudson e Caio Mancha, respectivamente. O técnico detalhou o que pretendia com cada mudança, buscando mais individualidade com o primeiro e trabalho no toque de bola com o segundo e terceiro.

“O [Anderson] Ligeiro já não estava mais conseguindo agredir tanto aquele espaço e por isso a opção do Will [Viana], um jogador do drible. Depois o Danilo, porque a gente estava para colocar dois meias e o Hudson já tinha cartão amarelo. Por isso, o tirei e deixei os dois meias para fazer essa construção para poder manter a amplitude com os nossos extremos e ter um meia a mais para ajudar Daniel na construção do jogo, para que essa bola chegasse nos meias. A entrada do Léo [Castro], já não tínhamos mais tanto a necessidade da bola longa, o [Caio] Mancha é o cara da bola aérea, íamos tentar trabalhar por baixo para que facilitasse a entrada do Léo. Foi por isso que optamos pelas três alterações”, detalhou Soares.

‘Precisa sentir’

Para fechar o assunto derrota, o comandante da Lusa seguiu o rito de que o time precisa sentir o resultado até a meia-noite do mesmo dia. Anteriormente, ele dizia para que se comemorasse as vitórias naquele mesmo dia, para que apenas no dia seguinte pensasse no outro jogo. Desta vez, Sérgio Soares quer que os atletas absorvam o revés.

“Temos que sentir uma derrota, que nunca é boa. Não sou da linha de que perdemos agora porque é a hora certa. Perder é ruim! Não é bom resultado. Mas eu digo que a gente precisa estar tranquilo, tem que sentir sim, e a partir da meia-noite começar a pensar no outro adversário e corrigir situações que ocorreram no último jogo”, concluiu o técnico.

Com a derrota, a Rubro-Verde, antes líder isolada da A2, viu o Oeste encostar na primeira colocação. Mais precisamente, a Lusa tem 24 pontos e o Rubrão 22. Inclusive, trata-se justamente do próximo adversário lusitano, na manhã deste sábado (5), às 11h, na Arena Barueri, pela 12ª rodada da competição.