O ano de 2018 chega ao fim de forma melancólica para a Portuguesa. Atolada em dívidas e com o estádio do Canindé novamente em leilão, o clube rubro-verde decepcionou no primeiro ano sem uma competição nacional em sua história.
Assim como em muitas outras oportunidades, o início da temporada foi de empolgação, principalmente pela chegada do técnico Guilherme Alves, que já havia conquistado o acesso à Série A1 com o Novorizontino. No entanto, a confiança logo deu lugar à lamentação.
Sem dar um padrão tático à equipe e a perda do título da Copa Rubro-Verde para a Portuguesa-RJ, o ex-atacante colecionou problemas extracampo e levou a Lusa perto da zona de rebaixamento da Série A2. Sem clima para continuar, o treinador foi despedido. O até então desconhecido Allan Aal foi contratado para o seu lugar.
Mesmo sem grandes contratações, o treinador rapidamente deu um jeito na equipe e evitou o rebaixamento para a Série A3. Objetivo distante do imaginado pela torcida, mas muito melhor do que o apresentado pelo time no início da temporada. A Lusa terminou a competição na 12ª colocação, com 16 pontos conquistados.
O futebol bem jogado pela Portuguesa credenciou Aal a permanecer no clube para a Copa Paulista. Era a primeira vez que a Lusa não disputaria uma competição nacional em toda sua história. Por isso, o torneio estadual tornou-se a principal meta da equipe no ano.
Foram quase cinco meses de intertemporada. Diversos jogadores saíram. Outros muitos chegaram. Mas o futebol não melhorou. O roteiro foi o mesmo do primeiro semestre. De empolgação à tristeza.
Com um grupo totalmente remodelado, a Lusa sequer passou da primeira fase da Copa Paulista. De 7 equipes no Grupo 4, quatro se classificaram e três ficaram de fora, entre elas, a Portuguesa. A última partida foi no longínquo dia 22 de setembro, diante do Audax. Desde então, nada de jogo.
Sem o futebol profissional, a torcida rubro-verde precisou se contentar com as categorias de base, como o sub-20, que disputou o Paulista da categoria, e o sub-17, na Copa Associação Paulista. Paralelo a isso, os lusitanos têm a esperança de que ventos positivos possam soprar pelos lados do Canindé.