Foto: Lucas Ventura/NETLUSA

Guilherme Alves foi apresentado na tarde desta segunda-feira, na sala de imprensa do CT do Parque Ecológico do Tietê, como novo técnico da Portuguesa para o próximo ano.

O treinador, que assinou contrato até o fim de 2018 com a Lusa, falou sobre o planejamento para a Série A2 do Campeonato Paulista, explicou seus métodos de trabalhos, minimizou a crise política no clube, entre outros.

Confira a entrevista coletiva completa:

Aprovação da torcida


Isso (aprovação da torcida) é muito bom no início do trabalho. Ainda mais porque temos que reformular todo o elenco. Então tem que ter confiança. Não vamos poder buscar todos os nomes que queremos, então vamos trazer jogadores da minha confiança, mais os atletas que estão sendo oferecidos. Esse momento é dos empresários. Isso (aprovação da torcida) me dá uma tranquilidade maior. Essa confiança vai até o dia da estreia contra o Batatais. Sei como o futebol funciona.

Acerto com a Lusa

Fiquei um tempo parado por opção. Tive propostas de dois times da Série B e uma da Série C, e dois a três clubes da Série A2, e acertei com a Portuguesa em 48 horas. Porque é um desafio interessante. Estou muito motivado para o trabalho que vai ser feito. Acredito muito que temos condições de fazer uma Série A2 bastante interessante, com um time bastante competitivo. Vim pela visibilidade que a Portuguesa vai me dar. Um time da capital, que tem tanta histórias e que pode me dar isso.

Dificuldade da Série A2 e planejamento

A Série A2 no ano que vem será Paulistão sem os grandes. Sendo assim, será mais competitivo. Vai ser muito difícil. Tenho conhecimento disso, porque fiquei três anos no Novorizontino e outro no Linense. A gente acaba conhecendo o interior. O Oeste vem muito bem, outras equipes de tradição e outras com poderio financeiro. Temos que conhecer os jogadores. Nós temos um planejamento para o ano que vem e vamos segui-lo da forma que a equipe vai jogar. O que posso prometer para a torcida é que a equipe será aguerrida e competitiva durante todo o campeonato. Temos uma experiência no interior. O Pereira e o Guilherme Queiroz já trabalhei. É errar o menos possível.

Política interna

A gente convive não só na Portuguesa. Isso acontece em todos os clubes. Mas a parte do treinador é focar dentro de campo. Isso é um problema que não chega nessa hierarquia. Estou fora nisso. Tem gente mais poderosa para resolver esse problema. Eu não tenho que me intrometer. Meu trabalho será muito grande dentro de campo.

Aproveitamento dos jovens

Tenho como marca nos meus trabalhos dar oportunidade aos jogadores mais jovens, das categorias de base. Sempre fiz isso. Se ele segue jogando, não é problema meu. Isso vai da personalidade do jogador. Não deu tempo, mas quero marcar um jogo-treino contra o sub-17 e sub-20. A oportunidade será dada e vamos chegar ao denominador comum de atletas a serem contratados.

Pereira

O torcedor quer o Pereira do Novorizontino. Foram quatro anos comigo. Conheço o atleta muito bem. Acho que o Pereira nos últimos anos os treinadores tiraram ele da posição. Eu visualizo ele mais perto do gol do que vem jogando. Vai ser um atleta que vamos recuperar e empurrando-o para mais perto do gol. E se não estiver bem vai sair. Não é porque jogou comigo que vai ser titular. Ele sabe como funciona. É meritocracia.

Primeiras impressões

Comentei com os meus assessores que fiquei com uma impressão muito boa. Meus primeiros momentos foram ótimos. As condições de trabalho são excelentes. O gramado excelente, os vestiários estão prontos…

Estilo de jogo

Vou respeitar não só a minha equipe, mas os meus adversários. Na Série A3 jogamos no 3-4-3, na Série A2 foi o 4-2-3-1 ou duas linhas de quatro. Não dá para eu pré-definir a maneira que vou jogar. O que sempre gostei é de times dinâmicos, com muita intensidade. É isso que vou procurar nos reforços e que o futebol atual precisa. Quando você tem um time com as características de intensidade e dinâmica, você pode jogar da mesma maneira dentro e fora de casa. As minhas equipes vão procurar o gol. Mas claro que terão jogos que vamos ter que atuar no contra-ataque. Mas vamos ver os jogadores. Já vi treinador colocando o 4-2-3-1 sem velocidade dos lados. O 4-1-4-1 é o melhor sistema para atuar, mas se não tiver jogadores para fazer, o time vai ficar amarrado. Vamos colocar em prática nos treinamentos. Vocês podem ter certeza que não vamos inventar. Mas gosto de jogador que faça mais de uma função.

Atletas da Copa São Paulo

A prioridade da Portuguesa é o profissional. Se tiver que jogar, eu respeito a hierarquia. Acho interessante dar chance aos meninos. Passa por essa situação que os clubes se reergam. Qualidade para mim não tem idade. Se faltar personalidade é diferente. Vou dar a camisa e a responsabilidade será minha.

Média de idade da equipe

As minhas equipes sempre tiveram média de idade baixa. Se você não tiver uma equipe que corra os 90 minutos, sem chance. Temos que ter um equilíbrio. Não podemos perder a mão e achar que vamos trazer jogadores para brigar… É claro que precisamos de jogadores experientes, mas de 29, 30 anos. Porque são só 15 jogos e terão que ser jogados com intensidade máxima. Tem que ser um elenco sadio. Se cuidar fora de campo, horário de treinamento, peso. São coisas que não abriremos mão.

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