Enquanto se prepara para a Copa Paulista deste ano, a Portuguesa, paralelamente, segue as discussões para definir a implementação da Sociedade Anônima do Futebol no clube. O presidente Antonio Carlos Castanheira revelou que existe um investidor interessado na SAF Rubro-Verde, que é um grupo ligado ao futebol com um “fundo importante por trás” e deu prazo para a implementação e funcionamento da SAF na equipe verde encarnada.
+ Lusa realiza mudanças no departamento de futebol
“Espero que, no máximo até o final do ano, a gente esteja com a SAF aberta e funcionando, para que façamos um Paulista [em 2025] de outra forma, sem aperto financeiro”, afirmou, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.
De acordo com o periódico, os investidores estão no momento terminando a fase de diligências das contas da agremiação. Além disso, o mandatário lusitano revelou que, com a permanência lusitana na elite estadual e a vaga na Série D de 2025 fez com que o valor de marca lusitano subisse de R$ 90 milhões (valor de mercado em 2020) para R$ 190 milhões. “As conquistas dentro do campo deram credibilidade”, declarou Castanheira.
Acerca das dívidas lusitanas, Castanheira frisou que 202 das 286 dívidas trabalhistas da Rubro-Verde já foram quitadas. Entretanto, existem ações civis e tributárias que precisarão ser equacionadas.
“A SAF é muito importante para um time em uma situação crítica como a Portuguesa. Não tem saída, você só arruma a estrutura com dinheiro”, destacou.
Atualmente, as dívidas da Portuguesa somam hoje cerca de meio bilhão de reais, com custos mensais da ordem de R$ 120 mil para a manutenção da operação. “Times como a Portuguesa, que têm um passivo grande, precisam se reestruturar para voltar a ser protagonistas como já foram. É preciso investimento, e a SAF realmente é a saída”, finalizou.