A Portuguesa não teve um bom início na Série A2 do Campeonato Paulista. Além dos problemas táticos e técnicos que a equipe enfrenta, o técnico Fernando Marchiori tem uma preocupação extra para trabalhar no período de paralisação: o excesso de gols sofridos no primeiro tempo. Com a pior defesa da competição, a Lusa sofreu 75% dos gols nos 45 minutos iniciais.
Melhor defesa da Copa Paulista com apenas 0,43 gols sofridos por partida – 6 em 14 jogos -, a Portuguesa viu o seu ponto forte virar a principal preocupação. Em apenas quatro partidas, foram oito gols tomados, média de 2,00 por compromisso.
Na estreia, diante da Portuguesa Santista, Marchiori optou por escalar uma linha defensiva que atuou na copa estadual com Jeferson Feijão, Diego Jussani, Willian Magrão e Patrick. No jogo seguinte, Alemão ocupou a lateral direita. Na terceira partida, Willian Magrão saiu para a entrada de Gilberto Alemão. Por fim, no último jogo antes da paralisação, a linha defensiva que começou foi Jeferson Feijão, Diego Jussani, Gilberto Alemão e Vinicius Silva, este escalado no meio-campo nos dois primeiros jogos.
Fato é que as mudanças parecem não ter surtido efeito, já que dos oito gols sofridos, seis foram no primeiro tempo. Contra a Portuguesa Santista, os gols foram marcados aos 5 e 8 minutos. Diante do Atibaia, Michael Paulista fez aos 28. Na terceira partida, o Água Santa abriu o placar logo aos dois minutos e ampliou aos 39. Por fim, Jean Dias marcou para o XV de Piracicaba aos 29.
Os outros dois gols sofridos foram aos 30 (Giovanni Pavani, para o Água Santa) e 31 (Juninho Potiguar, para o XV de Piracicaba) do segundo tempo.
Já dos quatro gols marcados pela Portuguesa, apenas o primeiro, de Raphael Luz, foi no primeiro tempo, aos 16 minutos. Na segunda etapa, Geovani fez aos 50 e empatou o jogo contra a Portuguesa Santista. No empate contra o Atibaia, Anderson Lessa marcou aos 15 e na derrota contra o XV de Piracicaba, a Portuguesa só foi fazer seu gol aos 40.
Dos 385 minutos que jogou na Série A2, a Portuguesa jamais esteve à frente do marcador. Pelo contrário, esteve empatada apenas em 94 e atrás em 281 voltas do ponteiro maior.
A Portuguesa tem volta aos gramados marcada para o próximo dia 31 de março, quando recebe o São Bernardo FC no Canindé. O Estadual, no entanto, deve continuar paralisado por, pelo menos, mais 15 dias.
Têm-se a impressão que nada foi feito na pré, ou o treineiro tem receio de perder o comando, recebeu reforços e não os usou, tomara que a nova paralisação coloque a Lusa no caminho das vitórias.
Sofre com gols sofridos reflete bem nossa fase. Bora Lusa!