O ex-atacante Alex Alves é um dos ídolos mais recentes da Portuguesa. Ele não conquistou títulos, mas fez o gol que evitou o rebaixamento do clube para a Série C do Campeonato Brasileiro, em 2006 (relembre o feito no vídeo acima). Em entrevista ao Portal NETLUSA, o jogador, que se mostrou abatido com o momento do clube, lamentou bastante o descenso para a quarta divisão.
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O que a história dirá de nós afinal?
“Fico muito triste. Apesar de eu ter ficado somente três anos no clube, tive muita dedicação. O sentimento é de tristeza. Estive recentemente como técnico da equipe sub-17 e eu já via que tinha muita coisa errada. Do jeito que estava, dificilmente escaparia”, disse.
Para o ex-atacante, o clube do Canindé só conseguirá ressurgir no futebol brasileiro quando os portugueses se unirem e não pensarem em si mesmo.
“Se a colônia portuguesa não se acertar agora, acho difícil [voltar para a primeira divisão]. Se chegar uma pessoa que não quer tirar dinheiro do clube, que goste da Lusa e chega para ajudar, acho que a Portuguesa começa a ter uma luz para poder voltar. Mas enquanto as pessoas quiserem tomar o dinheiro do clube, fica complicado”, afirmou.
O ex-jogador ocupava o cargo de técnico do sub-17 até o início deste ano, quando foi demitido. O ídolo rubro-verde explicou o motivo de sua saída.
“Eu estava fazendo uma grande campanha e me mandaram embora porque eu não colocava os jogadores que os diretores queriam. Era filho de não se de quem. Não acho justo. Tem que jogar quem sabe”, disparou.
“É muita gente dando palpite e pouca gente que entende de futebol. Esse é o mal da Portuguesa. Enquanto não colocar profissionais no clube, a Lusa não vai voltar [para a primeira divisão]. Precisa ter profissionais”, complementou.
Por fim, Alex Alves mandou um recado à torcida rubro-verde. “Eu não consegui dar tantas alegrias ao torcedor. Fiz só um gol, mas não consegui dar títulos. Agora que a Lusa está na UTI, o torcedor da Portuguesa precisa reanimar o clube e não desligar os aparelhos. Precisa lutar, lutar e lutar e voltar de novo. Um dia a Portuguesa vai voltar para onde nunca deveria ter saído”, concluiu.