O NETLUSA de hoje volta até 26 de agosto de 1973, quando Portuguesa e Santos, há exatos 48 anos, decidiram o Campeonato Paulista no Morumbi.

Após um empate por 0 a 0 no tempo normal, com direito e gol de Cabinho mal anulado por impedimento, a partida foi para a porrogação. Basílio teve as chances de fazer o gol do título, mas o goleiro Cejas defendeu com a perna esquerda, cara-a-cara com o jogador rubro-verde.

O placar sem gols se manteve e a decisão foi para os pênaltis. Na primeira cobrança, o lateral esquerdo Isidoro cobrou no ângulo direito de Cejas, que defendeu. Carlos Alberto foi para a primeira cobrança do Santos e bateu no canto esquerdo, sem chances para Zecão, que pulou para o outro lado.

A Lusa teve a chance de empatar a disputa, mas o zagueiro Calegari chutou fraco e o goleiro Cejas fez a defesa sem sustos. Edu cobrou no meio e alto para fazer o segundo do Santos, enquanto Zecão caiu para o lado esquerdo. Na terceira cobrança da Portuguesa, mais um erro.


Wilsinho, de pé esquerdo, acertou o travessão do Santos. A Lusa ainda tinha chances matemáticas de reverter o marcador quando o árbitro Armando Marques encerrou a disputa e decretou o Santos campeão. Os santista se abraçaram e fizeram festa, com direito a faixas, taça e até volta olímpica. No entanto, a final ainda não tinha acabado.

O árbitro admitiu o erro ainda no campo de jogo e tentou, sem sucesso, fazer os times retornarem para a disputa. Os jogadores da Portuguesa já tinham deixado o estádio do Morumbi.

Nos dias seguintes, muita discusão. Enquanto a Portuguesa solicitou uma nova partida e que a final fosse anulada, os santistas queriam bater os pênaltis que restavam. Depois de muito debate, os clubes decidiram, em comum acordo, dividir o título daquele Campeonato Paulista.

Confira a ficha técnica daquele confronto:

PORTUGUESA 0 x 0 SANTOS

Data: 26/08/1973
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Árbitro: Armando Marques
Público Pagante: 116.156 (recorde paulista na época)
Renda: Cr$ 1.502.255

PORTUGUESA: Zecão; Cardoso, Pescuma, Calegari e Isidoro; Badeco, Basílio e Xaxá; Enéas (Tatá), Cabinho e Wilsinho.
Técnico: Oto Glória.

SANTOS: Cejas; Zé Carlos, Carlos Alberto, Vicente e Turcão; Clodoaldo, Léo e Jair (Brecha); Eusébio, Pelé e Edu.
Técnico: Pepe.

Capa da Folha de S. Paulo no dia seguinte ao jogo

Confira o que disse Basílio ao NETLUSA sobre o erro de Armando Marques:

5 comentários

  1. sempre fomos roubados descaradamente pelos juizes e a federaçao paulista naquela época , uma vergonha nacional , se existisse o VAR seriamos campeoes paulistas 10 vezes …

  2. Exatamente Carlos e nesse jogo fomos roubados 2 vezes!
    A primeira quando esse Sr que se dizia juiz de futebol ai, anulou um gol legitmo alegando um impedimento do nosso atacante que saiu do campo de defesa!
    A segunda quando nos penaltis declarou o Santos campeão quando ainda não era!
    Detesto vitimismo mas de fato somos SEMPRE prejudicados pelas arbitragens!

  3. Esse título foi uma façanha se considerarmos que o Pelé já estava planejando sua aposentadoria e que o Santos não era mais o time que ganhava tudo e precisava aproveitar qualquer oportunidade pra ser campeão. É só comparar com o que aconteceu na final da última Copa América. A Conmebol forçou até não poder mais pro Messi ser campeão pela Argentina.

  4. A chance da portuguesa era de zero..a portuguesa sempre teve times bons .mas nunca foi campeão de nada.. todos torcedores na época tinha um carinho pela portuguesa.inclusive eu santista e também um carinho pela lusa ..

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