Mesmo após quase 20 anos, o ‘Caso Castrilli’ ainda é lamentado pelos lados da Portuguesa. O ex-zagueiro César, pivô de uma polêmica no fim da semifinal do Campeonato Paulista de 1998, diante do Corinthians, falou sobre o ocorrido.
O jogador dominou a bola com o peito dentro da área, aos 44 minutos da segunda etapa, mas o árbitro Javier Castrilli assinalou pênalti. O defensor disse que, naquele momento, Deus o impediu de agredir o argentino.
“Os jogadores sentiram bastante, eu em especial. Eu senti muito, chorei bastante. Deus pôs as mãos e disse: ‘chora e não faz besteira’, porque ali foi um caso que daria muito bem para perder a cabeça e partir para uma agressão que poderia ter acabado com a minha carreira. Então foram as mãos de Deus por eu não ter feito coisa pior. O choro foi de bom tamanho”, recordou ao Portal UOL.
César lembra que Castrilli tinha uma postura arrogante e que a impressão era de que o árbitro estava encomendado para colocar o Corinthians na final da competição.
“Ele não conversava, ele não deixava chegar perto. Ele apitava e sempre em tom arrogante. Você podia questionar e ele não dava a mínima, virava as costas. Ele não falou muito, ele veio, fez o serviço e foi embora. A gente poderia jogar, fazer gols, mas o Corinthians não ia sair derrotado, essa era a impressão que dava para nós da Portuguesa, que o Castrilli já estava encomendado e que era para o Corinthians fazer a final com o São Paulo, e com isso a gente dá uma desacreditada no futebol. Depois teve o caso do Edilson Pereira [Máfia do Apito, em 2005]… Então esse foi o sentimento dos jogadores da Portuguesa, que ele veio encomendado depois dos dois pênaltis e da forma como ele conduziu a partida”, analisou.
Antes do gol do segundo gol do Corinthians, anotado por Rincón, o zagueiro recordou que a Lusa tomava conta do jogo naquele instante.
“Ele [Castrilli] marcou aquele primeiro pênalti do Evair, e todo mundo sentiu bastante. O Evair era capitão e falou: ‘vamos jogar o nosso futebol, vamos para frente’, e foi o que aconteceu, nós conseguimos desempatar o jogo, 2 a 1, e nós tínhamos o jogo administrado, porque o Marcelinho tinha sido expulso. Então nós tínhamos tudo para passar para a final do Paulistão… Então numa oportunidade que eu achei de dominar, eu poderia ter dado um chutão na bola, porque o Corinthians veio todo para frente, aí eu falei: ‘vou dominar a bola e sair jogando e nós vamos fazer o terceiro gol, e o Castrilli acabou matando o nosso time naquela jogada”, concluiu.
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