Marcos Teixeira: O Mar Português do Campeonato Paulista

Desempenho catastrófico do primeiro clássico mostra que será preciso mais do que sorte para se manter na elite do futebol paulista

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Foto: Ronaldo Barreto/NETLUSA

A goleada sofrida no primeiro clássico neste retorno à elite desnuda, se é que ainda era preciso, uma série de limitações técnicas de um elenco montado às duras penas e sem as características desejadas no planejamento. As mesmas deficiências vistas da estreia, trocando em miúdos, o que faz com que a surpreendente vitória contra o Red Bull Bragantino, ainda mais pelo placar alcançado, mais pareça um ponto fora da curva do que propriamente uma amostra do que a Lusa pode fazer.

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Não podemos nos iludir. Os objetivos têm que ser claros e não cair é o maior deles. Na melhor das hipóteses, terminar à frente de pelo menos três das seis equipes que não têm vaga assegurada na Série D do Brasileiro do ano que vem para poder trabalhar tendo um calendário nacional onde por o pé. Classificar às quartas-de-final é utópico, é um milagre.

Sem contar com a sorte de um gol de pênalti nos acréscimos ou um frango monumental no início do jogo, as coisas tendem a ser como são. E não são lá muito animadoras. Com pouco poder de investimento e tendo trabalhado timidamente nos bastidores para montar um elenco capaz de segurar o tranco na primeira divisão, é normal e aconselhável que a Lusa tenha um time para contra-atacar, qualquer que seja o adversário. Contra o São Paulo não seria diferente.

E funcionou até que bem no primeiro tempo, tanto que o gol sai em uma jogada de bola parada em que qualquer equipe está sujeita a sofrer. Antes disso, pouco foi permitido ao São Paulo. Até que veio o segundo tempo.

Temos que ser compreensivos com as limitações técnicas da equipe pelos motivos explicados há dois parágrafos. O que não dá para aceitar é apatia que resultou na facilidade para o David vencer a defesa como se fosse uma faca cortando um pastel de nata quente e passar a bola onde três ou quatro sujeitos desmarcados e mal-intencionados esperavam para arrematar sem maiores protestos com o gol vazio.

Dava para piorar? Claro que dava. Sempre dá. Pior que isso foi a inocência vista no lance do pênalti do terceiro gol tricolor. Seria inadmissível na Copinha ver dois jogadores batendo boca por uma saída de bola errada e, quando notaram, lá estava um gajo de camisa diferente da deles pronto para finalizar. Imagina em um jogo da primeira divisão? E se for em um clássico? E se for o clássico que marca o orgulho de voltar a disputar jogos desta envergadura sem ser contra times de juniores em competições semiamadoras como a Copa Paulista?

Ah, teve um golaço depois de um passe de almanaque do Daniel Costa para o Lucas Nathan. Seria legal se não houvesse acontecido o quarto tento, o da goleada, o do desespero de ver o que somos ao pé de equipes mais bem apetrechadas.

Se Fernando Pessoa nos mostrou que o sal do Mar Português são lágrimas de Portugal, não será doce a água do Campeonato Paulista. E nem tranquila. E para passar além do nosso Cabo Bojador, a alma não pode ser pequena. Assim como o espelho do mar é o céu, a alma dos torcedores é o norte de quem tem que evitar o abismo da queda. A mesma alma que fez a torcida cantar, pular e sofrer e, mesmo após o jogo, declarar seu amor à Portuguesa.

Ou então nem terá valido a pena.

* Marcos Teixeira, 45, é jornalista, lusitano e colunista do site Ludopédio.org

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do NETLUSA


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João Duarte
João Duarte
1 ano atrás

Esse Toninho Cecília tem nada haver com portuguesa esse mazela a beira do gramado parece que tá morrendo o único jogo que ganhou foi.com marcação na equipe no primeiro tempo foi uma vergonha parecia time grande contra time ridiculo , o castanheira vai esperar cair para vir com conversa mole

LUSITANO
LUSITANO
1 ano atrás

A torcida e a paixão lusa não merecem as diretorias dos últimos 20 anos, incluindo a atual…

Francisco
Francisco
1 ano atrás

Temos exemplos de times de qualidade inferior dar muito trabalho e ganhar de poderosos. O que não pode acontecer é um.time jogar sem vontade , chegando depois nas bolas e falhando muito na defesa.
Os tricolores não devem se iludir, seu time jogou mal. Nosso time não é referência para nada e na minha opinião é inferior ao que conquistou o acesso.
A nossa briga será, com certeza, para não voltar para a A2!

Jose
Jose
1 ano atrás

Francisco, o time não estava sem vontade, são jogadores de perfil técnico e físico muito inferiores ao jogadores S.Paulo, não ganharam uma dividida, no corpo perderam quase todas. Vontade tiveram mas não tem como competir.

Luiz Carlos Pires de cotia SP
Luiz Carlos Pires de cotia SP
1 ano atrás

Houve falha do goleiro Tamazela no primeiro gol do São Paulo e digo que bola na pequena área é do goleiro, depois no terceiro gol foi de um pênalti cometido desnecessariamente e infantilmente. Poderia ter sido só 2 a 1 pro São Paulo e mesmo assim a vitoria do São Paulo seria merecida , nas ao menos não cairiamos de 4 .

Fábio Holles
Fábio Holles
1 ano atrás

Eu acho que o treinador tem que mexer no time, tentar se virar com o que tem no elenco, futebol não deu certo de um jeito tem que tentar de outro. E aquele passe do Daniel Costa para o gol de honra? o técnico tem que mexer na equipe.

MARCO ANTONIO PINTO DIAS
MARCO ANTONIO PINTO DIAS
1 ano atrás

Permanecer na elite do futebol paulista será uma grande façanha!!!

MARCO ANTONIO PINTO DIAS
MARCO ANTONIO PINTO DIAS
1 ano atrás

Se transformar em SAF (clube empresa), é a única saída para a Lusa!

Alexandre
Alexandre
1 ano atrás

LUSA ficou preocupada com camisa de galinha dangola e marketing no abadá e esqueceu do futebol “profissional”…