Foto: Reprodução/Lusa TV

Toninho Cecílio chegou na Portuguesa sem economizar palavras. O novo executivo de futebol do clube deu uma coletiva de mais de duas horas em sua apresentação e garantiu que sempre irá expor as razões que o levaram a tomar qualquer atitude. Além disso, exaltou muito a Série A2 do Campeonato Paulista, próxima competição que a Lusa irá disputar, já em 2022.

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“Temos que ser transparentes, também nas entrevistas. Sabemos o respeito e a cobrança que a Portuguesa tem. Ela foi construída com vitórias, grandes jogadores passaram por aqui. Não vai ter um ato meu sem explicação até o dia que eu sair. Tudo terá coerência, nexo e explicação. Não vai acontecer, em todos os momentos que eu estive na gestão de importantes equipes isso aconteceu. Não tem outra forma. Nós vamos disputar o terceiro ou quarto maior estadual do Brasil. Perde pro Paulistão A1, para o Gaúcho e aí a gente começa a brigar com Carioca… O Mineiro eu já não acho que supera. A A2 é muito difícil. Ela começou para nós no estádio Santa Cruz, quando acaba aquele jogo. Os concorrentes são fortes, tem times preparados. Temos que trabalhar muito duro, com muito respeito a competição”.

“O futebol é a vida da Portuguesa, ela é conhecida principalmente por isso. Então, gostaria de agradecer a confiança do presidente. Esse cargo não é brincadeira, exige tomada de decisão e isso é meu ponto forte. Pagarei o preço se estiver errado, mas tomo as decisões. Irei me entregar 24 horas por dia. Minha família e meus filhos precisam ter essa compreensão de que irei vivenciar essa experiência como nunca. É um desafio grande, um projeto que o senhor me convenceu. A profissionalização não é arrogância. Ela precisa vir com o braço dado, com as pessoas do estatuto, com as pessoas que frequentam e amam o clube. Milhões de conselheiros que passaram não recebem para estar aqui e doaram seu tempo para o clube, para o sucesso. Terei respeito em todos os momentos com essas pessoas. Portanto, isso nunca será esquecido por mim, enquanto estiver aqui. Espero que sejam muitos anos”, completou.


Já pensando no que terá pela frente na próxima temporada, o dirigente também já falou sobre a montagem do elenco. A tendência é que a Lusa monte um time exclusivamente para a A2 e depois forme outro elenco para jogar a Copa Paulista. Por fim, ainda falou que a categoria de base não está fornecendo bons nomes para o time principal, apontando que a ‘Lista B’ do clube não é forte.

“Precisamos ver os jogadores com antecedência, chegar antes do concorrente, com mais firmeza. A camisa da Portuguesa aliada a gestão que vem sendo feita também ajuda. Qual time da A2 tem um estádio, um CT e a torcida como a Portuguesa tem? São pontos importantes que nos colocam à frente de certos concorrentes. junto a isso, temos como profissionais a obrigação de errar muito pouco na montagem. Como é o futebol jogado em qualquer divisão hoje. Como a Portuguesa deve se comportar na Série A2, agredindo tomos os times. Isso é respeito, mostrar que precisamos tomar a bola deles logo, não é arrogância. Precisamos ter um modelo de jogo claro, de como iremos nos comportar. Precisamos de jogadores com força, rápido, com técnica, que é o primeiro critério sempre. O que não pode é ir de desencontro com o futebol que se joga hoje. Para gente não ter esse sentimento, precisamos ter muito cuidado na montagem. O perfil é de jogador que suporta a pressão, pois aqui eles serão cobrados com uma meta, que é a A1 de 2023. Ele precisa saber suportar a pressão, que vai haver a cada rodada”, explicou.

“Eu posso ganhar os três primeiros jogos que estarei cobrando no dia seguinte. Nós vamos construir uma família forte. Durante a A2 já vamos montar o time da Copa Paulista, não posso pagar três meses para jogador ficar inativo. Vamos exigir dos jogadores. É foco total no principal campeonato que a gente tem em primeiro plano. O orçamento é justo, ele existe, mas é justo. Temos que ter essa leitura, de um campeonato. Precisamos ver o time jogar e sentir confiança, orgulho. Podemos errar pouco na lista A pois a B está comprometida. Precisamos ter uma lista B mais forte e vamos trabalhar para isso. Ter jogadores que fazer mais de uma função, tudo isso faz parte”, concluiu.

Assista à entrevista na íntegra:

7 comentários

  1. O Oeste foi líder disparado da Série A2 na primeira fase dessa temporada, não subiu no mata-mata, mas se mostrou um time tecnicamente acima da média para essa divisão. Depois foi rebaixado com várias rodadas de antecipação na Série C. O Criciúma, que foi rebaixado no Catarinense, subiu pra Série B. O Tombense, que é um time mediano no Mineiro, está na final da Série C. Aí a gente já vê que a coisa não é bem assim.

  2. Vou repetir um comentário:
    Se a diretoria de marketing e outras não conseguirem 200 a 300 paus para contratar 5 ou 6 jogadores bons e “cascudos” de 40 , 50 paus por mês para 2022, ano que vem estaremos aqui(se Deus quiser) choramingando e repetindo a mesma ladainha. Não existe mágica existe competência.

  3. A conta chegou… Castanheira queimou dinheiro sustentando dezenas de perebas sem calendário e só restou o óbvio: fazer contratos de 6 meses e montar 2 times por ano. A torcida vai reclamar mas não paga sócio torcedor, alguns nem saem de casa pra ir ao estádio… Sem dinheiro não dá pra fazer milagre. Mas o que pega é que o Castanheira já devia ter feito isso no primeiro ano de mandato. Se o clube está endividado, tem que gerir direito os recursos.

  4. Castanheira tem o meu respeito, fez o que pode, o time desse ano era melhor do que de 2021, perdemos por medo de jogar e se impor, respeitaram demais os adversários tanto Caxias como Botafogo.

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