A crise envolvendo a SAF da Portuguesa ganhou um novo capítulo nesta semana. Os investidores da empresa notificaram formalmente o Conselho de Orientação e Fiscalização (COF), ameaçando se retirar formalmente da SAF da Lusa caso o impasse burocrático continue. O motivo da discórdia é a reunião do COF agendada para esta quinta-feira (29), que pretende discutir novamente o contrato da SAF, assinado há mais de 100 dias. A informação foi divulgada pelo jornalista Luiz Nascimento, do ge, e confirmada pelo NETLUSA.
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No documento enviado aos dirigentes, os investidores classificam a reunião como “injustificada e indevida”, alegando que todas as recomendações feitas pelo COF na época da assinatura do contrato foram atendidas. O grupo também afirma que o órgão não possui poder deliberativo e que a revisão do contrato caracteriza uma tentativa de obstrução ao funcionamento da SAF. Caso o COF insista na análise do tema, os investidores alertam que tomarão medidas administrativas e judiciais contra os envolvidos.
A notificação também menciona as dificuldades enfrentadas para registrar a SAF junto à Federação Paulista de Futebol (FPF), Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e FIFA. Segundo os investidores, a falta de documentos essenciais fornecidos pelo clube tem impedido o reconhecimento da nova gestão e a regularização da Sociedade Anônima do Futebol lusitana.
Entre os documentos pendentes estão: a ata da reunião do COF que aprovou o contrato da SAF com ressalvas, o parecer do COF atestando o cumprimento dessas ressalvas e os termos de posse dos responsáveis pelo conselho. Sem esses registros, o processo burocrático da SAF segue emperrado.
Na notificação, os investidores solicitam a retirada do tema da SAF da pauta da reunião do COF, sob o argumento de que a questão já foi resolvida e revisada. Eles também criticam a atuação do presidente do COF, José Gonçalves, acusando-o de criar instabilidade e dificultar a transição da gestão.
O impasse se agrava em um momento delicado para a Portuguesa. Caso os documentos solicitados não sejam entregues e a reunião do COF prossiga com a revisão do contrato, os investidores ameaçam abandonar a SAF e cobrar indenização do valor já investido.