Guilherme abre o jogo e critica presidente: “Você acredita no que ele fala?”

Ex-treinador da Portuguesa fala sobre o seu imbróglio com o clube e dispara contra Alexandre Barros

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Foto: Lucas Ventura/NETLUSA

Ex-técnico da Portuguesa, Guilherme Alves abriu o jogo sobre o seu imbróglio com o clube. Em entrevista ao programa Paixão Lusa, da Rádio Trianon, nesta sexta-feira, o ex-comandante rubro-verde disse que tem provas dos acordos e disparou contra o presidente Alexandre Barros.

Alves desmentiu a declaração do mandatário da Lusa, de que não teria devolvido os documentos, e criticou Barros. “Não é balela. É mentira (sobre não apresentar a nota fiscal), porque quando eu já emito a nota, já tenho que pagar imposto. São três vias (sobre documentos). Eu peguei a minha e as outras duas estão com ele. E assinei todas. Quem falou isso é um mentiroso, faltou com a verdade”, disparou.

“Só falta falar que o Papai Noel vai chegar dia 23 de dezembro. Isso é contar historia da carochinha. Você sinceramente acredita naquilo que o presidente fala? Na situação que a Portuguesa passa… É brincadeira! Não tem cabimento”, complementou.

Confira os principais pontos da entrevista:

O que aconteceu?

“Tenho provas, da voz do presidente, do meu salário mensal. Também tenho prova dos quatro dias de novembro que foi a única coisa que recebi do clube. Tem a própria palavra do presidente falando isso”.

“Com a notificação, alguns clubes, principalmente os da parte de baixo da tabela, me procuraram para entrar com uma ação coletiva contra a Portuguesa. Eu disse que não vou entrar nesse mérito. Se eles quiserem, é problema deles, mas eu não me intrometeria nesse assunto”.

Como fica?

“Tenho como provar que não queria entrar na Justiça contra a Portuguesa. Meu contrato venceria em dezembro de 2018. Eu abri mão de 10 meses de salário, e disse a ele que não queria fazer nada contra o clube e que queria receber só os dias que trabalhei. Como o presidente não cumpriu com o prometido, vou ter que entrar na Justiça”.

A Lusa te deve?

“Na verdade, eles pagaram somente a CLT. O meu salário não é só a CLT. Tem direitos de imagem. Tenho uma empresa aberta e recebo por ela.

Sobre a greve

“Tem uma matéria da Folha, dizendo que não houve greve, e sim os jogadores que não quiseram treinar por causa que eu teria tirado uma folga deles. Eu tenho como provar que teve greve. Todos sabem que teve. É a mesma história do Papai Noel.

Formação da equipe

“Começamos a indicar os atletas logo na primeira semana, mas muitos não quiseram aceitar por causa da fama do clube de não pagar salários. Eu tentava convencer os jogadores. Depois, fiquei em uma situação ruim com alguns que convenci, porque acreditei nas pessoas”.

Indicaria a Lusa para algum jogador?

“Não é que eu indicaria ou deixaria de indicar. Eu falaria a verdade, que não estão pagando. Liguei para alguns jogadores e disseram que não receberam. O clube disse que não podia pagar porque o time não ganhava. Quando venceram, os atletas foram cobrar, mas até agora não receberam”.

“A instituição não tem culpa pela maneira que ela vem sendo administrada. O torcedor não tem culpa de nada. Fico muito triste realmente de fazer uma coisa que insisti e facilitei para que não acontecesse. Não gostaria de entrar na Justiça. Falei isso duas ou três vezes para o presidente”.

A Lusa volta a campo neste domingo, às 10h, quando enfrenta o Juventus, no estádio do Canindé. O NETLUSA acompanhará através do tempo real.

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