A reunião do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) da Portuguesa, realizada nesta quinta-feira (13), na sala do órgão, no Canindé, contou com a presença de torcedores comuns, membros da torcida organizada Leões da Fabulosa e cerca de 15 cofistas. No encontro, foi revelado que é grande a possibilidade de ocorrer uma nova votação da Assembleia Geral, desta vez para chancelar a ata da votação dos sócios, que decretou a aprovação da proposta da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube, que foi corrigida pelo presidente Marcos Lico nas últimas semanas.
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Primeiramente, o presidente do COF, José Gonçalves Ribeiro, fez uma apresentação detalhada do passo a passo adotado pelo órgão em relação à SAF, negou qualquer omissão e explicou a postura do conselho ao longo do processo. Durante a reunião, alguns cofistas manifestaram discordância em relação a pontos específicos do contrato da SAF, incluindo o valor destinado ao investimento no futebol, e pediram que suas contestações fossem registradas oficialmente em ata.
José Gonçalves declarou que o Conselho de Orientação e Fiscalização não discutirá mais o contrato da SAF e garantiu que não haverá novos entraves à continuidade do processo de implementação do modelo. Esse posicionamento será formalmente registrado em ata para evitar insegurança jurídica no futuro.
No entanto, ainda há trâmites burocráticos pendentes para a formalização definitiva da SAF da Portuguesa. Embora o registro no Conselho Deliberativo esteja regularizado junto à Federação Paulista de Futebol (FPF), a oficialização da SAF na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e na FIFA ainda depende da obtenção de três documentos do COF: a ata da reunião que aprovou o contrato da SAF com ressalvas, o parecer do COF atestando o cumprimento dessas ressalvas e os termos de posse dos responsáveis pelo órgão.
Além disso, outro problema é a ata da assembleia geral. O presidente do órgão, Marcos Lico, havia adicionado um trecho que pedia que o contrato da SAF voltasse ao COF para ser votado. Após pressão da torcida e sócios, já que este trecho não havia sido citado na ata de convocação, ele fez uma nova ata retirando este trecho polêmico. Contudo, o cartório não aceitou a nova ata e sugeriu que este novo documento seja chancelado pelos sócios em uma nova votação, assim como foi pelo conselho deliberativo no dia 23 de fevereiro.
Para resolver esse impasse, uma opção que deve ser adotado é que uma nova reunião deve ser agendada para aprovar a ata da votação da SAF na Assembleia Geral. Para isso, o presidente da Portuguesa, Antonio Carlos Castanheira, deve solicitar ao presidente da Assembleia, Marcos Lico, que marque o encontro dentro de um prazo de 72 horas, de acordo com o estatuto da Lusa.
A aprovação da ata é considerada um passo essencial para a continuidade das tratativas com a FPF, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a FIFA para o registro da SAF, garantindo segurança jurídica e evitando futuros questionamentos. Após a ata corrigida ser chancelada, o cartório receberá o documento para autenticação e, em seguida, encaminhado às entidades máximas do futebol estadual, nacional e mundial, respectivamente.