(Foto: Ronaldo Barreto/NETLUSA)

O ano de 2024 tem sido um período de boas notícias em sequência que não é comum para os lados do Canindé. A sobrevivência que se tornou em quase ida às semifinais do Paulistão, com direito à vaga na Série D do Campeonato Brasileiro de 2025, a reativação do departamento de futsal do clube e, sobretudo, o retorno das categorias de base a partir do sub-15 são ótimos indicativos para dias melhores.

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Nos últimos três anos, o time sub-20 da Lusa tem tido boas campanhas graças ao trabalho da dupla Alan Dotti e César, ídolo rubro-verde da década de 1990. E é somente a eles. Foram três anos sem que o clube pudesse oferecer uma estrutura, física ou financeira, capaz de proporcionar o mínimo para captação e retenção dos destaques. É preciso muito para revelar jogadores, e estamos falando do básico, que vai além de bola e campo. É nutrição, psicologia, fisiologia, educação. Isso sem contar a cultura de jogo, que deve estar em acordo com o tipo de futebol que deve ou se deseja praticar no time de cima.

Do jeito que estava até aqui, Dotti e César faziam a captação “a olho nu” de jogadores, que já entravam diretamente no Sub-20. Sem as categorias anteriores, não há como incutir uma cultura de jogo e da identidade do clube para os candidatos a jogador de futebol, que passam dois ou três anos, no máximo, e vão embora, dispensados ou porque buscaram novos caminhos.


Sobre o futsal, trata-se de um afluente para o futebol de campo que já cedeu muitos craques ao longo dos anos não só para a Portuguesa, mas para o futebol brasileiro, como Neymar, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo, Kaká, Dener e Rivelino, entre tantos. E que o futebol feminino, modalidade em que a Portuguesa já foi campeã brasileira e confirmou sua vocação para revelar talentos, possa retornar também. É necessário.

Recebemos a graça de dois milagres seguidos ao não voltar à Série A2 do Paulista, apesar das duas campanhas pífias realizadas. Foram 20 pontos somados em 72 possíveis em 2023 e 2024 e não podemos nos esquecer disso, tampouco achar que o trabalho foi bom porque quase bateu semifinal, mas o fato que é todos os objetivos estabelecidos foram alcançados neste ano.

A base em atividade plena é o mínimo. E entenda-se, como atividade plena, estrutura para revelar atletas, seja para o time de cima ou para o mercado, pensando em auto sustentabilidade, que é importante. E não dá para contar com a sorte sempre.

* Marcos Teixeira, 45, é jornalista, lusitano e colunista do site Ludopédio.org

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do NETLUSA

10 comentários

  1. Cobrar de qualquer administração, que ela seja igual a que tivemos com OTD por exemplo, é dificil.

    Mas a obrigação de se investir na base, isso é lei e tem que ser cumprida à risca.

    Na situação em que estamos a base pode ser a salvação da lavoura.
    Temos que resgatar isso à qualquer preço

  2. Mais uma conquista da administração Castanheira. Alguns irão dizer: fora Castanheira. Mas a verdade é que ele salvou o clube e que apesar de alguns erros, admissível a um principiante no futebol, ele vem somando conquistas.

  3. A base está de volta , mas pra onde teria ido ? Na verdade base não se vai , nem se volta !!! Fica sempre , o correto e o coerente !!!! Quando se faz errado ….nada dá certo ! O erro ,quase mortal , está admitido !!!!

  4. Importante sim é que, iniciando algumas categorias de base, não abram espaço para os filhos, parentes e/ou amigos de diretores, conhecidos e outros tantos paraquedistas de plantão, que adoram enfiar um monte de “caneleiros” … “pés de rato” e “atletas de condomínio”, sem conhecimento algum de futebol. O quê, sabemos bem, destruiu todo trabalho de base anterior, sério, que era revelador de jogadores raiz. Que venham novos talentos trazidos pelo olhar de quem é da área, que já jogou, é Lusa e conhece do traçado.

  5. Parabéns a adm. Castanheira. Mesmo levando pedradas pelos erros, com absoluta certeza,também há acertos. Devemos ser justos para não cairmos na ignorância e estupidez, afinal, limpar as asneiras dos outros que lá estiveram, não é moleza…

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