A Portuguesa ganhou mais 90 dias corridos, podendo ainda ter um prazo improrrogável de 30 dias, para apresentar sua manifestação sobre o processo de estudo de tombamento do Complexo Oswaldo Teixeira Duarte. O aumento do prazo aconteceu por causa da pandemia de Covid-19. Vale dizer ainda que foi concedido pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp).
O complexo, que inclui o estádio do Canindé e o clube social da Lusa, precisa manter as suas características. Ao menos, até o Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) realizar um estudo de tombamento, conforme decisão tomada pelo Conpresp em janeiro. Sendo assim, qualquer possível mudança no local precisa ser analisada e aprovada antes de iniciada.
Torcedores haviam se juntado em 2019, com a ajuda do deputado estadual Campos Machado (PTB), para pedir o tombamento. A ideia era evitar a perda em algum dos leilões pelo que o estádio passou. O pedido, com mais de cinco mil assinaturas, foi feito em março do mesmo ano.
Relator do processo, o advogado Marcelo Manhães, destacou que é importante abrir o estudo para que não aconteçam novas demolições, como o que aconteceu com as piscinas em 2018. Ele ainda cogitou a ideia de demarcar a área como uma Zepec-APC (Zona Especial de Preservação Cultural). Se isso acontecer, o Canindé poderia ser derrubado desde que mantivesse um estádio no complexo.
A Rubro-Verde é dona de 45% de todo o terreno. Os outros 55% são da Prefeitura e estão cedidos até o final de 2092.
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Assim que se derrubar o estádio atual os credores tomarão o terreno. Façam um acordo para a construção de um novo estádio nas piscinas e depois somente a demolição do atual, se for o caso.