Manuel Reis durante votação no Salão Nobre (Foto: Ronaldo Barreto/NETLUSA)

A eleição presidencial da Portuguesa, na última terça-feira, foi marcada por uma série de peculiaridades. A primeira – e já citada – foi o alto número de candidatos, o maior deste século. O que poucos previam, no entanto, era que o candidato menos votado seria o fiel da balança na hora da decisão.

Manuel Reis, o Fura-Bolo, entrou na disputa aos 45 minutos do segundo tempo, sem chance alguma de ser eleito. E ele sabia disso! No Canindé, muito se falou que a sua candidatura poderia ser uma jogada para beneficiar Alexandre Barros de alguma forma, já que Fura-Bolo era o seu vice. Um engano!

Desde o início da reunião, Reis não escondia o seu principal objetivo: fazer Alexandre Barros perder a eleição. “Eu não ganho, mas ele também não”, disse a algumas pessoas durante o pleito. Na visão de Manuel Reis, alguns conselheiros mais próximos poderiam deixar de votar em Barros para apoiá-lo.

Atual mandatário da Lusa, Alexandre Barros parecia perceber que a estratégia de seu antigo aliado daria certo. Com fisionomia fechada, completamente sozinho e cercado por seis seguranças, o radialista apenas aguardava, em silêncio. No momento de maior movimentação de sua parte, Barros se viu ainda mais solitário quando precisou indicar dois fiscais para representá-lo, mas ninguém se dispôs – antes, ele já havia sido vaiado ao ser chamado para votar. Depois de muita espera, José Augusto Freire cedeu. A rejeição da torcida afastou seus seguidores, que não quiseram demonstrar apoio publicamente.


Alexandre Barros (sentado, de costas) cercado por seguranças durante apuração dos votos (Foto: Ronaldo Barreto/NETLUSA)

Apoio esse que Manuel Reis também pouco teve, mas pareceu não se importar – ao contrário de Barros. Assim como Alexandre, Fura-Bolo permaneceu sozinho durante grande parte da eleição e aparentava apreensão enquanto o fim da contagem se aproximava.

Antes mesmo do término da apuração, Alexandre Barros, ao lado de seus seguranças, deixou o Salão Nobre da Portuguesa sem olhar para o seu ex-vice-presidente. Era um prenúncio de que o plano de Manuel Reis iria funcionar.

‘Mané’ teve apenas nove votos – levando em consideração a urna sob judice -, número bem distante do vencedor Castanheira, que recebeu 73, quatro a mais que Barros. Era o suficiente. 9 foi maior que 69. Para a alegria de Fura-Bolo e dos apaixonados pela Portuguesa.

Bastidores da eleição que definiu o novo presidente da Lusa | BOLETIM NETLUSA

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4 comentários

  1. Pela quantidade de votos que recebeu, tenho minhas duvidas se esta mesmo exilado, mas o fato é que esse infeliz faz parte do passado, e agora é torcer para que a atual gestão seja um pouco mais profissional, vale lembrar que no paulista sobem somente 2 mas como o RedBull que é o principal time não pode subir, se fizer um bom trabalho as chances são melhores.
    Vai lusa!!

  2. Esta estratégia do Manuel Reis pode ser o diferencial para a reconstrução da Portuguesa. Mais três anos de Alexandre Barros, seria o fim. Espero que nunca mais alguém dê apoio à este sujeito.

  3. Bando de abutres o que esse Alexandre de Barros queria , não entendo esse cara um lixo de presidente um verme afundou de vez a nossa lusa e ainda queria continuar no Canindé., Some daí seu vagabundo marginal.

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