A torcida da Portuguesa protestou contra o departamento de marketing do clube. No último sábado (1), apesar da vitória sobre o Botafogo, os torcedores reclamaram de uma ação que diminuiu drasticamente o número de crianças que entram em campo com os jogadores antes das partidas.
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O novo critério do marketing rubro-verde para permitir o acesso das crianças obriga os pais a serem sócios-torcedores e trocarem pontos do programa para ter a entrada liberada. Além disso, foi permitida a entrada de apenas uma criança por sócio. A mudança foi notória, já que apenas seis crianças puderam entrar com os atletas no duelo contra o clube de Ribeirão Preto.
Como forma de protesto, a torcida da Lusa levou ao jogo uma faixa com os dizeres: “Ser sócio não define o amor ao futebol, as crianças têm o direito de entrar em campo, independentemente de serem sócias ou não!”.
Na manhã desta segunda-feira (3), a torcida organizada Leões da Fabulosa divulgou uma nota oficial protestando contra o departamento de marketing da Portuguesa. Confira a nota na íntegra:
Se no sábado, dentro de campo, a Portuguesa conseguiu sua primeira vitória, fora dele, o Departamento de Marketing parece estar perdendo de goleada. São tantos erros grotescos que fica difícil acompanhar, mas hoje vamos falar sobre um caso de total desprezo pela nossa torcida e, especialmente, pelas crianças.
Durante o jogo contra o Botafogo-SP, uma faixa foi estendida pela torcida com a seguinte mensagem: “Ser sócio não define o amor ao futebol, as crianças têm o direito de entrar em campo, independentemente de serem sócias ou não.” Essa foi a forma de protesto contra a nova política absurda imposta pelo Departamento de Marketing, que obriga os pais a serem sócios torcedores e a trocarem pontos do programa de sócio-torcedor para que seus filhos possam viver o sonho de entrar em campo com os jogadores. Para piorar, apenas uma criança por sócio é permitida, criando um critério excludente e elitista dentro do próprio clube. Nada a se esperar vindo de FR..
Está circulando em grupos de WhatsApp uma conversa do próprio grupo de Marketing, que apenas reforçou sua incompetência. Diante da crítica justa da torcida, um dos diretores (MAR…) respondeu com um debochado: “O choro é livre.” Logo depois, outro (FR…) comentou: “Entram 44 crianças. Vou perguntar pra eles qual o critério pra entrar uma e não entrar outra.” Ou seja, além de implantarem um sistema injusto, ainda ironizam a insatisfação da torcida e das famílias que são diretamente prejudicadas por essa medida vergonhosa.
A cada dia que passa, o Departamento de Marketing demonstra que não tem capacidade nenhuma para gerir a imagem da Portuguesa. Mas já era de se esperar. As pessoas escolhidas para ocupar essas funções são, provavelmente, amigos(as) do pseudo-responsável de marketing, que, além de não entender absolutamente nada de marketing esportivo, desconhece a história e as necessidades da Portuguesa. O próprio MAR…, que se intitula gerente de Marketing, nunca trabalhou com futebol, apenas com marketing de um restaurante. Já o outro MAR…, gerente das Redes Sociais, é professor e também não tem experiência alguma na área.
Como podemos esperar um trabalho minimamente profissional com esse tipo de gestão? É necessário ter pessoas que entendam do assunto e, especialmente, compreendam a Portuguesa e suas necessidades.
Até quando teremos pessoas sem capacidade para atrapalhar o crescimento da Portuguesa? Enquanto outros clubes avançam e fortalecem seus laços com a torcida, aqui somos obrigados a lidar com decisões desastrosas e um comportamento desrespeitoso com quem mantém viva a paixão pelo clube.
André Berenguer, como responsável pela SAF, precisa tomar conhecimento do que está acontecendo e agir imediatamente. A imagem da marca Portuguesa está sendo prejudicada, e qual empresa vai querer investir em um clube cujo marketing é conduzido por pessoas sem qualificação? A situação exige uma resposta rápida e eficaz para corrigir esses equívocos antes que causem danos ainda maiores.
Quem viu o jogo presenciou o quanto já impactou tal decisão, entrando apenas 6 crianças com os jogadores, algo bem diferente do que sempre presenciamos.
Nossa torcida não vai se calar. O amor pelo clube não pode ser tratado como um jogo de pontos ou um privilégio para poucos. A luta pela verdadeira Portuguesa continua!