Recuperação judicial da Portuguesa corre riscos, diz administrador

Beto Riscon, da R4C Administração Judicial, encaminhou relatório que aponta problemas que podem comprometer plano de pagamento da Lusa

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Foto: Divulgação/Portuguesa

A Portuguesa acendeu um sinal de alerta em seu processo de Recuperação Judicial. O administrador judicial Beto Riston, da R4C Administração Judicial, encaminhou um relatório à Justiça apontando riscos que podem comprometer o plano de pagamento das dívidas do clube, trazendo novas preocupações sobre o futuro financeiro da equipe rubro-verde.

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Conforme detalhado na coluna de André Hernan, no UOL, os principais pontos de preocupação levantados por Riston em seu parecer incluem uma falta de garantias do valor real da dívida, além da ausência do investimento da SAF nos balanços. Esses fatores, segundo o administrador, podem inviabilizar o cumprimento das obrigações com os credores e colocar em xeque a reestruturação do clube.

“As demonstrações contábeis apresentadas pela recuperanda não refletem as melhores práticas de contabilidade e não refletem a veracidade dos saldos. A ausência de conciliações e controles internos deficientes, ou completamente ausentes, indicam que as informações apresentadas podem estar significativamente incorretas. Assim, todos os índices derivados dos balanços patrimoniais e demonstrações de resultados também podem estar materialmente errados, razão pela qual recomendamos cautela na análise dos dados.O valor do investimento da Portuguesa na SAF não foi reconhecido em seus livros contábeis. Também não foi reconhecido o resultado da equivalência patrimonial, proporcional à sua quota de participação, inviabilizando o acesso à informação sobre eventuais ganhos ou perdas no investimento. Esta Auxiliar não teve acesso a quaisquer dados contábeis e financeiros da SAF que, nesse momento, é um ativo relevante da recuperanda.”

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O Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) contratou a BDO para realizar um estudo sobre a real situação do clube. Nele, é apontada uma dívida que chega a R$ 931 milhões, quase R$ 400 milhões a mais do que a SAF promete pagar.

O estudo ainda exige aprofundamento, mas o COF entende que não é possível estimar a dívida da Lusa com base num balanço que sequer foi aprovado. 

O pedido de recuperação judicial da Portuguesa foi aprovado ainda em dezembro do ano passado, e é considerado um passo importante na reestruturação do clube, que busca superar anos de dificuldades financeiras e bloqueios judiciais que prejudicaram sua gestão.


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