Foto: Ronaldo Barreto/NETLUSA

No próximo sábado, a Lusa iniciará a sua sétima participação consecutiva na Copa Paulista sob a expectativa de lutar pelo título. Essa competição, que tem sido a tábua de salvação para reconquistarmos nosso espaço no cenário nacional, é cada vez mais uma obsessão para torcedores e diretoria. Se manter o script das últimas três temporadas, o clube do Canindé estará entre os quatro semifinalistas com grandes possibilidades de buscar o bicampeonato.

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Diante dessa necessidade de título, ou melhor (pela opinião de grande parte da torcida e presidente Castanheira), obrigação de título, a Lusa reestruturou todo seu departamento de futebol, após a fraca campanha no Paulistão, que foi salva na última rodada por dois milagres de Thomazella.

Para comandar a nau rubro verde aportou no Canindé Edgar Montemor, executivo de futebol, que acumula passagens por São Bernardo, Vitória-BA e Santo André. A casamata ficará na liderança e comando de Leandro Zago, jovem treinador, com passagens pela base de Palmeiras, Atlético-MG e Fortaleza, além de alentadoras campanhas em Joinville e Botafogo-SP.


Dentro de campo, a Lusa se reforçou com onze atletas. O grande destaque dessa lista é o retorno de Eduardo Diniz, lateral que foi um dos pilares do acesso na A2. Os demais atletas são grande parte jovens, na casa dos 20 e poucos anos, em busca de uma vitrine.

A esperança inicial da torcida é que esse novo comando trouxesse uma melhoria na estrutura de futebol e no recrutamento de atletas. Os amistosos de preparação sem qualquer grande resultado deixaram mais dúvidas e incertezas. O torcedor se pergunta o quão longe esse elenco pode chegar.

Chama atenção, mais uma vez, a aposta em jogadores com históricos recentes inconstantes, sem muita relevância em seus clubes. Junto a isso, tem um outro tempero que aumenta o medo do torcedor: a concentração de reforços vindos do futebol gaúcho. Essa limitação no raio de observação parece uma marca registrada da gestão Castanheira. Demonstra uma estrutura precária de análise, dando liberdade total aos executivos e treinadores para montarem elencos da forma que querem.

O medo de permanecer nesse platô preocupa o adepto que sonha com um calendário nacional fixo, que sonha com seu time voltando aos grandes palcos do futebol brasileiro e que necessita de dias melhores. Apesar das incertezas e do medo. Sábado precisaremos estar lá, dando nosso voto de confiança a esse elenco.

* Tiago Cabral, 33 anos, privilegiado por ter visto a última era de ouro da Portuguesa. Súdito de Capitão, cover fracassado de Clemer e o maior anticandinho do Pari. Corneteiro profissional com análises totalmente ácidas quando se trata da Lusa.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do NETLUSA

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