Gabriel Fernandes: Lusa busca empate com participação de remanescentes

Logo na escalação inicial, a entrada do volante Tauã no lugar do centroavante Bortoluzo já indicava a preocupação do Mazola Jr em ter um meio de campo mais combativo, um dos problemas na derrota para o Botafogo. A alteração também fez com que Richard tivesse um papel diferente no comando de ataque. Acostumado a atuar pelas pontas, o atacante precisou ser a referência, o camisa 9 da equipe.

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Para o primeiro objetivo, de ter um time mais combativo, podemos dizer que a mudança deu relativamente certo. Apesar de ter mais posse de bola, o Ituano tinha dificuldades para chegar ao gol da Portuguesa e assustava apenas em erros individuais da Lusa.

Já o segundo, de ter o Richard como referência de ataque, nem tanto. Richard até se esforçou, colocou uma bola na trave e tentou brigar com a zaga do Ituano. Mas obviamente não tem essa característica e perdeu a maioria dos duelos. Com isso, por muitas vezes, a bola batia e voltava no campo de ataque, o que aumentou a pressão do Ituano.

Para piorar, a arbitragem ainda assinalou um pênalti inexistente para o time de Itu. Patrick desarmou o atacante do Ituano na bola e o árbitro, mesmo consultando o VAR, confirmou o pênalti. José Aldo foi para a cobrança e esbarrou em noite inspirada de Thomazella, que já havia feito uma boa defesa no jogo e merece um capítulo especial na análise.

O goleiro, assim como a Portuguesa, não havia feito uma boa estreia. Mas deu a volta por cima logo na partida seguinte, foi o grande nome do jogo e mostrou porque é o dono da camisa 1. Além dos lances citados, também fez uma defesa monumental aos 15′ do segundo tempo, em um chute do Paulo Victor, que parecia ter o gol como destino certo.

Falando em segundo tempo, a Portuguesa voltou com a mesma formação e os mesmos problemas. Aos 25′, em um lateral cobrado na área, Lucas Siqueira disputou com os dois zagueiros da Lusa, e a bola sobrou para Paulo Victor abrir o placar. Vale lembrar que no primeiro jogo o Botafogo teve um gol mal anulado nesse mesmo tipo de jogada, o “latereio”.

Depois disso, novamente o time da Portuguesa se desorganizou e teve dificuldades para pressionar o adversário. Mas, ao contrário de sábado, teve brio e lutou até o final. Acabou premiada por isso. 

Aos 50 minutos, dois jogadores que entraram no fim do jogo tiveram participação especial: Daniel Costa cruzou e Paraizo fez o papel de centroavante, girou em cima do zagueiro do Ituano e foi derrubado na área. O garoto ainda teve a personalidade de pedir a bola, mas coube a Daniel Costa fazer a cobrança e garantir o primeiro ponto da Lusa na competição.

Um jogo que deixa claro que a Lusa vai precisar brigar muito por cada ponto no campeonato. E preparem-se, torcedores: faltam mais 10 finais!

* Gabriel Fernandes, ou GabiLusa, como apelidou o Professor Antônio Quintal, tem 26 anos e nasceu no ano do vice-campeonato brasileiro, em 96. É jornalista formado pelo Mackenzie e apaixonado por futebol e pela Portuguesa. Agora também tem um cantinho aqui no NETLUSA para dar uns pitacos e conversar com a torcida que ele aprendeu a amar desde muito cedo.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do NETLUSA