Foto: Ju Fotografias

O diretor da base da Portuguesa, Eduardo Matos, deu a sua versão sobre a demissão do técnico da equipe sub-20, João Mota, nesta sexta-feira. Em entrevista ao NETLUSA, Matos disse que a filosofia de trabalho do comandante e o seu temperamento foram os motivos para o fim do ciclo do português no Canindé.

“Ele não foi demitido pela questão tática ou técnica. Foi por cunho comportamental. Um líder não pode se desequilibrar, e já há algum tempo ele está assim. Ele se acha mais importante que a própria agremiação”, disparou.

Desde a chegada de João Mota e Allan Aal, a Lusa busca uma integração entre o futebol profissional e de base, com a inserção de jovens atletas nos treinamentos e reuniões entre as comissões, o que, segundo o dirigente, não era visto com bons olhos pelo português.

“Quando ele foi contratado, nós explicamos que queríamos fazer essa integração. O Allan também tem esse perfil, de dar oportunidade aos garotos da base, mas as duas últimas vezes que eu quis fazer isso, ele se mostrou contrariado. Eu falei que ele não poderia tirar isso dos meninos, mas ele disse que ia atrapalhar. Eu respondi que a filosofia do clube e a dele não estavam se encaixando. O nosso objetivo é revelar atletas, a dele é ser campeão paulista. Mas para mim isso não interessa. Aí eu falei: ‘se você não está feliz, é melhor encerrar o ciclo'”, contou.


Além de João Mota, o técnico da equipe sub-17, Douglas Bazolli, também foi desligado da Lusa. De acordo com Matos, o motivo foi o mesmo. “Eu pedi para que eles mandassem os jogadores com mais qualidade, com mais corpo, para atuar contra o profissional. O Douglas mandou quatro ou cinco jogadores em teste e de segundo ano de base”, explicou.

“Quando cheguei de tarde, vários meninos estavam no CT. O Allan falou que não poderia treinar, porque os garotos iriam se machucar. Ele (Douglas) prejudicou os próprios jogadores. Eu queria que o Fabio (garoto do sub-17) subisse para o Allan dar uma olhada”, complementou.

O diretor rubro-verde ressaltou que o principal objetivo do clube é formar cidadãos. “Estou na Portuguesa para formar pessoas. Se vai ser jogador ou não, eu não sei. Tenho 85 meninos federados. Desses, talvez três ou quatro serão jogadores. E os outros, serão o quê? Eu tenho que dar exemplo. O Allan e os técnicos da base, também”.

Sem treinador, a equipe sub-20 será comandada por Arthur Costa, técnico do time sub-15, no jogo deste sábado, às 15h, diante do União Barbarense. Apesar de não citar nomes, Eduardo Matos já sabe o perfil que busca do novo comandante.

“Estamos conversando com três técnicos. Queremos um treinador que tenha a filosofia de transição com o profissional e que não seja desequilibrado”, concluiu.

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