A segunda rodada do Paulistão pode marcar a despedida da Portuguesa do Canindé antes do início de uma ampla reforma no estádio. O último jogo pode ser contra o Novorizontino, mas com vários setores fechados, segundo o que declarou o presidente da SAF, Alex Bourgeois, nesta quinta-feira (9), em bate-papo informal com alguns jornalistas.
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De acordo com o dirigente, a casa lusitana não teria condições de segurança para receber todos os jogos. O NETLUSA teve acesso com exclusividade a fotos da parte interna do Canindé, na área destinada à imprensa, que mostra infiltração em algumas paredes e grande parte das tribunas deteriorada, o que já vem há alguns anos.
“Primeiro, o nosso planejamento era de jogar no Pacaembu a partir de 2026, porque é o prazo que a gente tinha para começar a obra no Canindé. Porém, quando fizemos a vistoria do estádio, a gente tomou um susto, porque a situação era muito pior do que a gente imaginava. Existe um risco estrutural que a gente não quer correr”, explicou Bourgeois.
Diante disso, a Rubro-Verde deve mandar os seus jogos como mandante, inclusive o clássico contra o São Paulo, no Pacaembu. A única exceção é o embate contra o Corinthians, já que o mando havia sido vendido para Brasília. Mesmo assim, Bourgeois revelou que cresceram as chances de o duelo retornar à capital paulista.
A decisão não foi bem recebida pela torcida, que, antes mesmo da declaração do dirigente, criticou uma possível antecipação da despedida do Canindé. A torcida organizada Leões da Fabulosa aproveitou o aniversário de 53 anos do estádio para divulgar uma nota criticando a falta de uma despedida à altura do histórico estádio.
No comunicado, os torcedores destacaram o valor sentimental do Canindé, relembrando momentos marcantes vividos no local. “Muito mais do que concreto e arquibancadas, ele é um símbolo da nossa história, da nossa paixão e da força da nossa torcida. (…) Como a SAF pode cogitar mandar os jogos no Pacaembu e não proporcionar uma despedida à altura do Canindé?”, diz um trecho.