Portuguesa busca novo Certificado de Clube Formador

Lusa, no entanto, encontra dificuldades na obtenção do documento por causa das exigências da CBF

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Foto: Ronaldo Barreto/NETLUSA

Os departamentos de futebol e jurídico da Portuguesa buscam mais uma importante conquista para o clube: a obtenção do Certificado de Clube Formador (CCF). Este documento, que é atualizado anualmente, foi adquirido pela Lusa pela última vez em 2015. O advogado do clube, Daniel Lucas, agora busca a obtenção para oferecer condições ainda mais profissionais para os seus atletas das categorias de base. “Quero ressaltar as dificuldades para se ter, inclusive, tivemos um processo que quase deu certo, em 2019”, afirmou.

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O CCF é uma ferramenta que foi regulamentada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em 2012, com o objetivo de premiar os clubes que cumprem exigências para os jovens das categorias de base. Entre alguns dos principais pontos que contemplam o time a ter o certificado, estão assistência médica, psicológica, nutricional, transporte, alimentação, uniforme de jogo, treino, frequência escolar do atleta e participação em competição oficial.

A dificuldade na obtenção do documento é nítida, já que muitos clubes não o possui. Neste ano, em levantamento feito pelo CBF, apenas 15 dos 20 participantes da Série A do Brasileiro possuem o documento. Agora, quando falamos em futebol paulista, o número é reduzido para oito times, sendo cinco da Série A1 (Guarani, Botafogo, São Paulo, Santos e Palmeiras), dois da Série A2 (Ponte Preta e Juventus) e um da Série A3 (Grêmio Osasco Audax).

“Existe uma série de requisitos, um aparato financeiro, profissional, administrativo, que a gente ainda não conseguiu, mas óbvio, como estamos nos reestruturando, a gente tem toda a vontade, intenção e um projeto para reativar o quanto antes”, disse Daniel Lucas.

Dificuldades

O profissional comentou que um dos principais empecilhos para a obtenção do certificado é a ausência das equipes sub-15 e sub-17, que foram paralisadas devido ao fim da parceria com a Strikers, ainda em 2020. Na sequência, a pandemia do novo coronavírus impediu que as duas categorias mantivessem as atividades e participassem de torneios profissionais.

“O clube tem alguns empecilhos ainda para cumprir todos os requisitos. O principal é o desportivo, que a pandemia nos atrapalhou bastante. E isso é notório, no sentido de termos mais de uma categoria, pois tudo demanda gasto. Então não conseguimos reativar os nossos sub-15 e sub-17, que são projetos para curtíssimo prazo. A gente espera reativar o quanto antes. Mas somente assim, a gente vai ter os próximos prazos e cumprir os requisitos prévios estabelecidos pela Confederação Brasileira de Futebol para termos o certificado”, destacou.

Outro ponto que tem trazido dificuldades para a Lusa foi o aumento de solicitações feitas pela CBF para a obtenção do Certificado. Isso ocorreu devido a tragédias com garotos da base, principalmente o incêndio no alojamento do Ninho do Urubu, em 2019, que ocasionou na morte de jovens do Flamengo. Com isso, a entidade máxima do futebol brasileiro passou a aumentar a rigidez para adquirir o documento.

Quais os benefícios do certificado?

O Certificado de Clube Formador comprova que o clube oferece toda a estrutura e apoio necessário para o jogador da base, além de garantir proteções para o clube para manter as suas joias, como conta Daniel Lucas.

“Esse certificado é muito importante, sobretudo, na elaboração do primeiro contrato profissional, preferência de renovação e protege um pouco do aliciamento de outros clubes aos atletas de base, que ocorre muito no futebol”, ressaltou.

Diante disso, muitos clubes têm buscado adquirir o certificado de clube formador, principalmente diante do interesse de clubes estrangeiros nos atletas brasileiros cada vez mais no início da vida no futebol.

O Certificado de Clube Formador é válido por apenas uma temporada, tendo que ser renovado a cada ano com a manutenção e o cumprimento dos parâmetros solicitados e que foram preenchidos no ano anterior.


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Paulo Kasparian
Paulo Kasparian
2 anos atrás

Com certeza é um ótimo certificado, mas a que preço teremos que pagar isso ?
Formar um jogador não é como no passado e as exigências são cada vez maiores, e resultados a longo prazo. Sem grandes empresas e patrocínios envolvidos fica complicado sustentar toda essa estrutura ainda mais a Portuguesa com todas as suas dividas.
Hoje se monta uma equipe e no ano seguinte já não são mais os mesmos.
Para a Portuguesa no momento acredito que precisamos de resultados rápidos como aconteceu nesta ano na A2, um bom time e já estamos na A1 de 2023, abrindo rapidamente outros horizontes, tvs, patrocínios, etc.

Marco Antonio Pinto Dias
Marco Antonio Pinto Dias
2 anos atrás

Parabéns Gedra pela excelente matéria!
É meus amigos, para a Centenária Lusa nunca nada foi fácil! De etapa em etapa, com a costumeira resiliência, a Lusa irá obter este documento! Com trabalho, união e esforço, tudo se alcança!!!

Luiz Gustavo - Santos/SP
Luiz Gustavo - Santos/SP
2 anos atrás

É um trabalho duro, mas acredito que vai valer a pena. Vivem nos “roubando” jogadores jovens, como o Davó e tantos outros, por não termos nenhuma proteção legal. Este certificado também motiva bons empresários a levarem seus atletas para a Portuguesa. Vamos para a Série D, Lusaaa!

Taubaté
Taubaté
2 anos atrás

É caro!!! Demora!!! As dúvidas!!! Somos prejudicados!!! Sofremos preconceito!!! Vamos parar com essa porra de mentalidade derrotista, obstáculos estão aí para serem ultrapassados. O Juve, e a Ponte tem o pau maior que o nosso??? Vamos honrar os culhões, arregaçar as mangas e cair pra dentro. Castanheira mostra pra “esses” que vc não é aquelas latas de merda importada que enriqueceram nos anos 90 às custas do clube, vermes malditos.

Francisco Marcos Silva Pires
Francisco Marcos Silva Pires
2 anos atrás

Eu quero participar sou torcedor da lusa do Canindé