No dia 27 de dezembro de 1988, ou seja, há exatos 33 anos, a torcida da Portuguesa deu início à saudades eternas de um craque. Morria Enéas, de forma precoce, aos 34 anos.
Revelado pela própria Lusa, ex-atacante virou profissional em 1972, com o técnico Cilinho. Depois de um início irregular, o ex-camisa 8 rubro-verde logo mostrou que era um verdadeiro craque. Ele ajudou na conquista do título paulista em 1973
Companheiro de Enéas na Portuguesa, Badeco relembrou um episódio cômico envolvendo o ex-atacante. “Teve um Portuguesa x São Bento em que o Enéas não estava jogando nada. Aí um português jogou um radinho de pilha no campo. O Enéas pegou esse rádio e começou a ouvir alguma coisa. De repente, a bola foi na direção dele. Ele largou o rádio, pegou a bola e fez o gol”, disse ao UOL.
Muitos torcedores dizem até hoje que Enéas ‘dormia’ em campo durante as partidas. Badeco explicou a situação e defendeu o amigo. “Os grandes jogadores, em algum momento do jogo, participavam muito pouco. Isso me levou a pensar: na realidade, eles não estavam dormindo, mas analisavam o jogo. Quando a bola caía no pé deles, no caso do Enéas, faziam a jogada que achavam melhor no momento”, concluiu.
Pela Lusa, Enéas disputou 379 partidas, com 139 vitórias, 129 empates e 111 derrotas. Foram 167 gols anotados. O ex-atacante é o segundo maior artilheiro da história rubro-verde, atrás somente de Pinga I.
No livro ‘Os dez mais da Portuguesa’, de Jorge Nicola, Enéas é colocado como um dos dez grandes nomes da história rubro-verde.
Carreira
Com a camisa da Lusa, Enéas chegou à Seleção Brasileira. Foram quatro partidas pelo Torneio Pré-Olímpico Sul-Americano, em 1971, com dois gols marcados. Mesmo assim, ele não foi para as Olimpíadas. Depois, em 1974 e 1976, o ex-jogador disputou três jogos pela seleção principal.
Após defender a Portuguesa por dez anos – de 1971 a 1981 -, o ex-atacante foi transferido para o Bologna, da Itália. Em seguida, atuou por outro time italiano, a Uninese. Posteriormente, passou por Palmeiras, XV de Piracicaba, Juventude, Atlético Goianiense, Desportiva Capixaba-ES, Operário-PR e Central Brasileira de Cotia.
No dia 22 de agosto de 1988, Enéas sofreu um grave acidente de carro na Avenida Cruzeiro do Sul, em São Paulo. Ele foi internado com lesão na coluna cervical. Após mais de quatro meses no hospital, no dia 22 de dezembro daquele ano, o ex-atacante morreu, vítima de broncopneumonia.
Até os dias atuais, Enéas é reverenciado pelos fãs do futebol, principalmente o torcedor da Portuguesa. Ele é, inclusive, citado em um dos cantos da torcida uniformizada Leões da Fabulosa.
Relembre o eterno craque Enéas:
*com informações de Sérgio Luiz Henriques, historiador da Lusa e colaborador do Museu Histórico da Portuguesa, e do Almanaque da Lusa.
Que saudades! Enéias simplesmente o melhor que vi jogar !
Na minha infância e adolescência pude ver o Enéas jogar e arrasar em muitos jogos. É meu maior ídolo como jogador de futebol até hoje. Várias vezes marcou o “Gol do Fantástico” que era o gol mais bonito da rodada. Comandou viradas históricas como uma contra o São Paulo em que a Portuguesa perdia por 2 X 0 até o final do jogo e virou para 4 X 2. Cracasso de bola! Saudades!
Aliás, acabei de comprar esta camisa retrô da década de 70 diretamente da “Athleta” que era a fornecedora de material em boa parte daquele tempo.
Eneas, o maior de todos. Ídolo eterno !
Dominava a bola no meio campo, com sua elegância ímpar, deixava os adversários para trás e entrava com bola e tudo. Gênio do futebol !
O maior jogador da Lusa que vi jogar, quantas alegrias nos proporcionou!Gostava de marcar gols contra o São Paulo, vi ele dar caneta em Luis Pereira do Palmeiras, no Sócrates do Corinthians no jogo que sofreu penalti de Vladimir e a torcida do Corinthians não deixou bater o penalti no Pacaembu.Marcou 3 gols contra o Corinthians na vitoria de 5 a 1, melhor em campo contra o Santos no empate de 3 a 3, jogou muito sob o comando de Oto Gloria.Ficou para a história da Portuguesa.Deveria fazer uma estatua em sua homenagem!
Como dizia Osmar Santos, o “Feitiço Encantado do Canindé”.
Ivair o príncipe
Denner
E entre eles Enéas
O meu pódio Rubro Verde
Ouvia xingamentos e impropérios da torcida adversária, o que fazia com que marcasse golaços memoráveis. Elegância. inteligência, rapidez. Com ele não tinha mimimi.
O maior ídolo que tive… Craque!!! Jogava muita bola!!!! No meu time o eterno camisa 8!!!!
Parabéns pela matéria!
Perfeito histórico de um craque da nossa Lusa!
Cada vez mais fico feliz em ver a NetLusa com tantas informações!!!
Lusa!!!Lusa!!! Lusa!!!
Simplesmente o maior jogador que vi jogar pela Portuguesa nos meus 59 anos juntamente com o Dener, sempre foi o meu maior ídolo.
Concordo com a maioria que destaca Enéas como o maior jogador que a Portuguesa teve nos últimos 60 anos. A história não é composta de “se”, mas se fosse mais ambicioso seria um dos maiores jogadores do futebol brasileiro a ponto do ótimo Dicá garantir que “teve a honra de jogar com os dois melhores que viu: Pelé e Enéas.”
Um gênio.
Gostaria de poder, com educação, corrigir dois torcedores, no 5 x 1 contra o Corinthians ele não marcou três gols e, sim dois. Dicá anotou dois e o ogro Zé maria marcou um contra as próprias redes. Já a outra partida mencionada, não foi 4 x 2. Na verdade terminou 2 x 1, com o gênio marcando os nossos dois gols depois de 40 minutos do segundo tempo.